"Em continuidade do que vimos ontem, temos recuperação do índice, apesar do cenário ainda incerto e volátil. Pelo menos por ora, os mercados observam o lado positivo do balanço de riscos, com balanços positivos, dólar enfraquecido e expectativa de redução de juros nos EUA", disse Bruna Sene, analista de renda variável da Rico.
De acordo com Kevin Oliveira, sócio e advisor da Blue3, a perspectiva de corte dos juros nos Estados Unidos prevalece nos mercados internacionais, mesmo que o ambiente de incertezas não tenha se dissipado. "A economia americana está sofrendo em termos de atividade econômica, como mostrou o payroll, que veio fraco. E os EUA preferem lidar com inflação do que com recessão técnica. Nesse ambiente, a ferramenta do CME Group mostra que a probabilidade de corte já na reunião do Fed de setembro é de 91%. Ou seja, o corte é dado como certo", afirma.
Os reflexos desse cenário para o Brasil, explica Oliveira, ocorrem porque um corte de juros mais profundo nos EUA pode trazer redução da taxa Selic mais rápido no Brasil. "Ajuda a desinflacionar o mundo, enquanto a guerra tarifária pode inflacionar o mundo", diz.
Quanto ao imbróglio político, que inclui pressões e protestos no Congresso, a analista da Rico afirma que o mais importante agora é acompanhar se haverá prejuízo de votações relevantes nas Casas. "Embora o cenário ainda seja de volatilidade, do ponto de vista técnico, o Ibovespa está em uma região bastante interessante, onde haveria espaço inclusive para voltar a testar as regiões dos 137 mil, 140 mil pontos", afirma.
Às 11h12, o Ibovespa tinha 135.803,18 pontos, em alta de 0,94%. Na máxima do dia, o indicador chegou aos 136.255,56 pontos (+1,27%).
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.