A rampa é a variação entre a demanda e a geração de energia elétrica. No final da tarde, quando a geração solar fotovoltaica está sendo reduzida, o consumo, em contrapartida, aumenta significativamente, especialmente com acendimento das luzes. Esse momento de rampa (descida e subida) é considerado de muita vulnerabilidade para o sistema.
Com o aumento da penetração das fontes renováveis, há uma diminuição da carga líquida diurna, mas o consequente aumento da rampa de carga das hidrelétricas no final da tarde e início da noite devido à redução na geração fotovoltaica nesses horários.
Se você vai precisar da energia às 18h, a usina precisa ser ligada às 16h. Depois que ligou e atingiu uma rampa mínima, você acrescenta consumo instantaneamente. É como se fosse um chuveiro a gás, que não aquece imediatamente. "Isso é extremamente perigoso. Imagine nesse momento de rampa, se tivermos um incidente, o que é perfeitamente possível de ocorrer, uma danificação de um equipamento importante, uma descoordenação de proteção. Simplesmente 'vai a pique' o sistema", declarou.
Os 40 GW, citados pelo diretor-geral, é o equivalente ao pico de demanda da Espanha. Já 53 GW equivale ao consumo na Espanha e duas vezes a extensão de Portugal. Ou seja, toda a península Ibérica.
O Brasil vive uma situação delicada. A geração está maior que a demanda durante o dia. Isso ocorre sobretudo por causa da escalada da geração distribuída, aquela produzida pelos consumidores com painéis solares instalados no telhado das residências e estabelecimentos comerciais.
O sistema elétrico nacional é interligado e coordenado pelo ONS, responsável por decidir quais usinas devem gerar energia e quais precisam reduzir a produção, de acordo com a oferta e a demanda. O desafio é que o ONS vem perdendo parte desse controle devido ao avanço da geração distribuída, que injeta energia diretamente na rede de distribuição.
(Com Agência Estado)
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