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Cidades Sábado, 01 de Dezembro de 2018, 17:20 - A | A

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Sábado, 01 de Dezembro de 2018, 17h:20 - A | A

ASSÉDIO E MACHISMO

Sensação de proteção é incentivo para ações de internautas nas redes sociais

KHAYO RIBEIRO

A doutora em comunicação Tamires Ferreira Coelho aponta que a sensação de proteção dos internautas é um dos principais fatores na utilização da internet tanto para denúncias quanto para viralizar opressões. Ao HiperNotícias, a pesquisadora de comunicação em mídias digitais e gênero comentou sobre os episódios de violência de gênero que repercutiram essa semana em Cuiabá: uma universitária que denunciou o caso de assédio sofrido por uma amiga no bar e cinco jovens que compartilharam uma foto em que faziam uma saudação nazista com a legenda “o terror das feministas”.

 

Reprodução

Internet

 Foto ilustrativa

Um estabelecimento comercial se retrata publicamente depois que uma das clientes denuncia o assédio sofrido por sua amiga, que foi apalpada nas nádegas por um dos funcionários. Corta a cena. Cinco jovens são suspensos depois de compartilharem uma foto fazendo uma saudação nazista e atribuírem ao registro uma legenda que propaga ódio. Para Tamires, os dois casos são simbólicos na medida em que expressam a potência da internet: “[os meios digitais] Apresentam uma capacidade de viralização de conteúdos produzidos por pessoas comuns. É diferente do que acontecia antes, quando para se ter visibilidade no jornal e na rádio era preciso um certo prestígio social, hoje, temos um processo de horizontalização disso tudo com os algoritmos envolvidos”.  

 

A pesquisadora aponta que há uma tendência de divulgação de mensagens de ódio essencialmente imagéticas. Dessa forma, a propensão de as plataformas serem utilizadas para propagar violência acaba se tornando maior que a tendência de serem usadas como palco de denúncias.

 

“Esses usos criativos fazem com que as políticas de privacidade sejam constantemente atualizadas. A pessoa que desenha as políticas de uma plataforma não é capaz de prever tudo. Muitas leis, por exemplo, são criadas depois que o problema já existe”, explica Tamires sobre as diversas possibilidades que a internet proporciona aos usuários.

 

Quanto aos cinco adolescentes que foram suspensos, Tamires aponta que o caso não deve ser visto de forma isolada. Ela frisa que uma série de publicações de ódio têm sido veiculadas nas redes sociais nos últimos tempos: “Se aproveitam das plataformas para prejudicarem outras pessoas ou para impulsionar discursos de violência. Eles tentam legitimar, viralizar e serem conhecidos”.

 

Já quanto a denúncia de assédio da jovem no bar, a pesquisadora indica que a internet tem se mostrado um poderoso recurso, na medida que dá voz às vítimas. “Durante minha pesquisa, constatei que por mais que as postagens não viralizassem, as mulheres tinham ali uma ferramenta de expressão. Não temos tantos mecanismos de expressão como democracias mais antigas. Então, as redes sociais, no Brasil, preenchem esses espaços de reinvindicação de direitos de grupos de minorias. Elas tinham mais visibilidade nas redes do que presencialmente, porque, muitas vezes, às mulheres é relegado um espaço menor.

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