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Cidades Quarta-feira, 09 de Novembro de 2016, 09:27 - A | A

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Quarta-feira, 09 de Novembro de 2016, 09h:27 - A | A

Á CORREGEDORIA

Por conta própria, vítima encontra acusados de assalto e crime continua impune

MAX AGUIAR

A médica veterinária Tatiane Lima da Silva está indignada com o trabalho de investigação dos policiais civis que atuam na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA). Segundo ela, um assalto que houve em janeiro na sua residência até hoje não teve solução. Ela alega que os agentes simplesmente dizem que “não podem fazer nada”.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

policia civil

Segundo a vítima, a polícia não investigou o crime e nem deu encaminhando no inquérito

O caso ocorreu em janeiro quando a veterinária estava fora de Cuiabá. “Meu marido estava em casa dormindo e estava chovendo, ou seja, ele não ouviu o barulho do bando entrando em casa. Eram três homens e uma mulher. Eles amarraram meu esposo na cama e fizeram um verdadeiro limpa na minha casa”, descreveu a vítima.

 

Foi levado da residência duas TVs, aparelhos de DVD, notebooks, tabletes, celulares, joias, equipamentos de maquiagens, bolsas, roupas, sapatos, anel, pulseira e o carro da família, um Fiat Uno. “Eles pegaram até meu microondas, mas como não coube no carro eles deixaram em cima de meu sofá”, disse Tatiane.

 

Depois do ocorrido, a Polícia Militar foi acionada, fez rondas pela região, mas não encontrou o bando. O assalto aconteceu no bairro Coophamil e os policiais que atenderam a ocorrência indicaram os caminhos para que o boletim de ocorrência pudesse ser feito e as investigassem começassem. .

 

Segundo a veterinária, ela encontrou uma bolsa dentro de sua casa com um documento e por esse nome ela chegou até uma das suspeitas. “A bolsa em minha casa tinha um RG e era da mãe da mulher que estava em minha casa. Levei esse documento na delegacia e eles disseram que nada podia fazer. Por minha parte eu fui até a escola onde essa suspeita estudava e lá me passaram o nome dela completo. Achei ela no Facebook, meu marido a reconheceu, levamos na delegacia e novamente a resposta foi a mesma”, contou.

 

A adolescente seria E.B.Q.S., 17 anos. "No facebook mostra que ela é usuária de droga e principalmente ostenta em festas com dinheiro do crime. Ela inclusive tem uma foto postada uma semana após o roubo  e descreveu: 'Graças a Deus deu tudo certo e a missão foi cumprida'. Estamos curtindo e to rindo atoa, tô feliz da vida, agora e só curti com meus amigos", postou. 

 

Tatiane Lima ainda conta que a menor já postou fotos nas redes sociais usando roupas dela e alguns amigos da suspeita com roupa do marido da veterinária. "É revoltante ver isso. A gente batalha, trabalha para conseguir e do nada um bando vem armado, humilha, amarra e deixa a gente sem nada. E a polícia simplesmente não faz nada", disse. 

 

Carro encontrado e mais frustração 

 

Assessoria

Derf

O crime aconteceu no Coophamil e segundo a vítima a Delegacia de Veículos foi omissa

Alguns dias após o roubo, o carro foi localizado. Estava em um bairro próximo ao Trevo do Lagarto, em Várzea Grande. “O dono de uma casa onde o carro estava parado na frente achou um papel com o telefone do meu marido e ligou falando que o veículo estava abandonado. Nem o carro eles investigaram para achar. Ai levamos o carro na Delegacia e eles nem nos informaram que para tentar investigar os bandidos o caso seria transferido para a Delegacia de Roubos e Furtos. Ficamos sem saber novamente, pois nem informação nos davam”.

 

A veterinária disse que essa via sacra durou até esse mês quando precisou buscar uma cópia do Boletim de Ocorrência na Delegacia do bairro Verdão e lá eles disseram que o caso ainda não havia sido investigado e que estava na Delegacia de Roubos de Veículos.

 

“É revoltante. Pretendo procurar a Corregedoria da Polícia Civil e registrar uma queixa de prevaricação (crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício), pois eu consegui identificar uma das suspeitas, com nome, idade e até facebook dela e nada fizeram. Não recuperei nada a não ser o carro e a polícia nem inquérito abriu para apurar. Vou atrás dos meus direitos pois já vai completar um ano e os bandidos estão soltos”, desabafou.

 

A indignação da veterinária foi parar nas redes sociais. Ela publicou o texto no grupo do facebook chamado "Aonde não ir em Cuiabá". 

 

A médica deve protocolar a denúncia contra todos os servidores da instituição que, segundo ela, fizeram pouco caso para investigar o crime que ela foi vítima.

 

Outro lado

 

A Corregedoria da Polícia Civil foi procurada para falar sobre o assunto. Por meio da assessoria de imprensa, segundo consta o inquérito foi instaurado, porém uma nova análise será feita pelo delegado titular para saber quais as procedências já foram tomadas e o que ficou a ser resolvido no andamento da ocorrência. "Por enquanto, será necessária uma nova análise para podermos responder essa situação", respondeu a assessoria. 

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Paulo 09/11/2016

O que a veterinária não sabe é que a nossa legislação deixou a polícia, Civil e Militar, de mãos atadas. Nada pode ser feito porque a atual legislação não permite a apreensão de adolescentes, salvos se ela tivesse sido pega em flagrante de ato infracional cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, em regra. Também não sabe que o Judiciário não emite mandados de prisão, menos ainda de apreensão, e que ainda solta os que são presos em flagrantes pela polícia, nas audiências de custódia. Por fim, os poucos que são presos ficam só alguns dias porque não há vagas nas penitenciárias e menos ainda no sistema socioeducativo. Colocar a culpa na Polícia Civil é fácil. Culpar o governo que não muda a legislação branda do país, não investe em equipamentos, não contrata mais servidores, não constrói penitenciárias etc, é mais difícil.

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