O Conselho de Júri da Primeira Vara Criminal do Fórum de Cuiabá julgará, em uma data não definida, os dois últimos membros da extinta “Gangue do Canta Galo”, um das mais temidas da região da Morada da Serra, em Cuiabá. Jonas Abraão Siqueira Lima e Vanderley Antônio da Costa Silva serão julgados pela morte de mãe e filho em 2009, no bairro Planalto. O julgamento seria nesta quinta-feira (21), porém foi redsignado sem data para acontecer.
Divulgação / TJ-MT
A auxiliar de serviços gerais Jovercina Alves da Guia, 45 anos, seu filho, Júlio César Alves da Guia, 18, e Joaquim Xavier, 32, foram vítimas de acertos de contas devido uma briga entre gangues. Jovercina e Júlio morreram. Joaquim, irmão de Jovercina, foi ferido com um tiro na perna.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Antônio Garcia Mattos, as informações levam a crer que Júlio César foi morto ao ser confundido com o irmão Joilson, que já tem passagem na polícia e seria amigo de membros da 'Gangue do Café', da parte de cima do bairro Planalto, inimiga da 'Gangue do Canta Galo', da qual pertencem os marginais acusados do assassinato.
Por conta dessas amizades, uma troca de tiro foi registrada no bairro e um dos membros da Gangue do Canta Galo, que foi baleado na perna, disse que iria voltar e matar Joilson. Nesse momento entra em cena Vanderlei e Jonas. Eles foram convocados para “cobrar a bronca” na casa de Joilson, matando quem estivesse na casa.
Júlio Cesar trabalhava como instalador de ventiladores e morava com uma tia em Campo Grande (MS). Veio para Cuiabá a pedido de Jovercina, para passar o Dia das Mães.
No dia do crime, Joaquim e Julio estavam sentados na frente da casa quando Jovercina foi chamá-los para o almoço. A mulher foi atingida na cabeça ao tentar defender o filho dos criminosos, que deram vários disparos contra Julio, que usava a camisa do irmão.
A ousadia dos criminosos surpreendeu a polícia. Eles agiram às 13h em uma via movimentada, sob os olhares de várias pessoas e a 20 metros do Cisc Planalto.
Um dos acusados de fazer os disparos é Vanderley Antônio, que nega o crime. Ele foi reconhecido por 3 testemunhas, diz o inquérito.
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