Edemar da Costa informou que o Ipas procurou primeiramente médicos em Mato Grosso, mas no decorrer do tempo, por causa das resistências apresentadas pela categoria, o instituto recorreu a médicos de outros estados para realizar as cirurgias.
“Os especialistas daqui disseram não e aí um dos grandes conflitos que tem - porque uma das classes não aceitou (fazer cirurgias). E neste sentido nós quebramos um monopólio. Cirurgia de mão, por exemplo. Não tinha no Estado cirurgia de mão e a cobrança para fazer um procedimento desses na secretaria (de Saúde) era grande, você pagava R$ 23 mil para fazer esse procedimento. Nós fomos buscar profissionais no Estado para fazer esse tipo de procedimento e eles disseram ‘não’. Eles disseram não para muita coisa. Fomos obrigados a ir ao estado do Paraná e trazer uma equipe de Curitiba para fazer isso”, informou o superintendente.
Questionado sobre qual razão para a não aceitação por parte dos médicos especialistas em realizar cirurgias no HMVG, Edemar da Costa não soube dizer.
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A reportagem procurou a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Dalva Alves, para saber sobre essa situação entre médicos e o Ipas. Segundo ela, existe um desconhecimento do assunto por parte do conselho.
“Vamos procurar saber sobre isso, vou perguntar para alguns médicos da área de ortopedia se sabem alguma coisa sobre o assunto. O que vejo é que se existem especialistas aqui em Mato Grosso, para quê trazer profissionais de fora?”, questionou.
Dalva disse ainda, conhecer esse tipo de situação no estado da Paraíba, onde os médicos locais são procurados para realizar cirurgias, mas por preços muito baixos. “Aí eles chamam médicos de outros estados, que ficam 15 dias, mas que ganham 10 vezes mais, isso é irregular”, assegurou a presidente do CRM.
O conselho pontuou também que 80% das cirurgias realizadas no HMVG são de baixa complexidade e que é preciso ter mais transparência nas ações das OSSs no Estado. Afirmou ainda, que no estado existem especialistas gabaritados para realizar cirurgias na mão, negando a informação dada por Edemar da Costa.
CIRURGIAS
De acordo com o Ipas está programado 72 cirurgias no HMVG com custo estimado em R$ 892 mil. Os custos, segundo Edemar da Costa, são para pagar a internação, a cirurgia, acompanhamento e próteses dos pacientes.
Boa parte dos pacientes que esperam por cirurgia ortopédica tiveram suas fraturas no trânsito, a maioria envolvidos com motos. Este é o caso de Fagner Moura Castilho, 19 anos, que se acidentou com a sua moto no momento em que estava indo para a faculdade. Passou 55 dias no Pronto-Socorro de Várzea Grande e por ordem judicial foi para o hospital metropolitano, onde aguarda há sete dias a cirurgia no joelho.
“estou aqui aguardando para fazer a tomografia, mas a máquina está quebrada”, informou Fagner. Segundo Sidnei Rugeri, diretor administrativo do Ipas, o equipamento de tomografia está sendo concertado.
Outra cirurgia que está sendo realizada no hospital é para combater a obesidade, chamadas de bariátricas. No total, 12 pacientes estão aptos para realizar a cirurgia, de acordo com o Ipas.
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