Em março, 46% de todo o desmatamento registrado na Amazônia ocorreu em Mato Grosso. O Estado desmatou 57 km² e liderou o ranking na região pelo terceiro mês consecutivo. Além disso, metade dos dez municípios que mais desmataram ficam em solo mato-grossense. São eles Nova Ubiratã, Juara, Feliz Natal, Porto dos Gaúchos e Juína. Juntos, eles somaram 35 km² de floresta derrubada, 61% do registrado no Estado. É o que aponta o levantamento feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Ainda segundo o Imazon, o segundo lugar que mais desmatou a Amazônia no mês de março ficou com o Pará, com 27% da derrubada da Amazônia, ou seja, 33 km² e, em terceiro, Roraima, com 11% (13 km²), sendo 62% (8 km²) apenas no município de Rorainópolis.
Outro levantamento feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV), com base em mapeamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto de 2020 e julho de 2021, apontou que dez municípios das regiões centro-sul e nordeste de Mato Grosso concentraram 42% do desmatamento do Cerrado, o que fez com que o Estado ocupasse o 5º lugar entre os que mais destruíram o bioma no período.
“A destruição do Cerrado no Estado continua associada a práticas ilegais. Do total mapeado em 2021, apenas 16% foi realizado em áreas com autorizações para desmate ou para supressão de vegetação válidas emitidas pelo órgão ambiental estadual”, diz trecho do documento.
A análise demonstrou que a maior parte do desmatamento, cerca de 580 km² de áreas degradadas, ocorreu em imóveis rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural (CAR), seguido pelos assentamentos, com 101,4 km², e áreas não cadastradas, com 100,1 km².
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OUTRO LADO
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) para saber quais ações estão sendo feitas em relação aos dados sobre desmatamento, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto.
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