O maestro Fabrício Carvalho fez um alerta sobre a dificuldade de criar conexões reais entre as pessoas em meio ao uso excessivo de telas. Segundo ele, “as pessoas não conversam mais”. O hábito de olhar nos olhos, ouvir e compreender o outro tem se tornado cada vez mais raro. A constação é um dos efeitos sociais causado pela 'infodemia' - o excesso de informações presentes nas redes sociais -, termo abordado por Fabrício no livro "Escute se for capaz".
"Se hoje a gente tem dificuldade de sentar e conversar com um amigo, principalmente quando o amigo pensa de forma diferente, imagina a dificuldade de conversar com o meu filho e com a minha filha, com os nossos pares mais próximos. E isso tem acontecido. Esse distanciamento digital é uma coisa terrível nas famílias", observou o maestro.
Para que a interação da família não seja prejudicada, Fabrício, que tem dois filhos, ainda não autorizou o adolescente de 13 anos a abrir perfis nas redes sociais. O menor tem um celular com o WhatsApp instalados que serve apenas para conversar com os parentes. O único grupo que ele participa é o da família que serve como uma espécie de "agenda" para ajustar a rotina da casa.
"É um instrumento, é um controlinhozinho remoto. Ele fala comigo, 'papai cheguei', 'está na hora', 'eu saí mais cedo' ou 'me pega'. Conversa de pai e filho. Mas ele não tem rede social. Eu acho que é mais um elemento que vai nos desconectar de pessoas que a gente gosta", explicou.
LANÇAMENTO DE 'ESCUTE SE FOR CAPAZ'
Em 'Escute se for capaz', Fabrício convida o leitor a desacelerar, exercitar a escuta e redescobrir o poder do diálogo verdadeiro em tempos de distração constante. O livro de Fabrício será lançado nesta sexta-feira (14), às 19h30, na Casa Barão, em Cuiabá, sede da Academia Mato-grossense de Letras (ALMT), da qual o maestro é um dos imortais. O evento é aberto ao público e tem entrada gratuita.
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