A greve dos bancários em Mato Grosso já completou 28 dias e segue por tempo indeterminado. Durante a tarde desta segunda-feira (03), os trabalhadores tiveram uma assembleia organizativa para discutir sobre o movimento, porém como não houve nenhuma proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a paralisação nos serviços continua por tempo indefinido.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários (SEEB), Clodoaldo Barbosa, a última rodada de negociações entre a federação e os sindicatos ocorreu entre os dias 27 e 28, na qual o órgão ofereceu um aumento de R$ 200 ao valor do abono dos servidores que atualmente é de R$ 3.300. Porém, a proposta foi rejeitada na mesa de negociações e foi levada para as bases para tomar decisão sobre as próximas ações do movimento.
“Os banqueiros continuam intransigentes,
nós não vamos desistir de lutar pelos nossos direitos”, afirmou.
Na próxima quarta-feira (5) , uma nova manifestação está confirmada para acontecer em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal, localizada na Barão de Melgaço. Após o ato, todos os trabalhadores devem seguir uma caminhada pelas principais ruas da cidade com carro de som, faixas e cartazes.
Pauta de demandas
Entre as reivindicações estão o reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), maior participação nos lucros e resultados, piso salarial de R$3.299,66, vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá.
Os bancários também cobram melhores condições de trabalho, com o fim das metas consideradas abusivas e do assédio moral, fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
CONFIRA NA ÍNTEGRA A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES
• Reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real).
• PLR de 3 salários mais R$7.246,82 fixos.
• Piso salarial de R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (equivalente ao salário mínimo nacional).
• Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral, que adoecem os bancários.
• Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
• Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
• Igualdade de oportunidades: fim das discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
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