A Lista Suja do trabalho escravo em Mato Grosso ganhou um novo empregador, conforme atualização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta segunda-feira (6). Wilson José de Andrade Guedes, da Fazenda Guedes, em Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá), entrou para o cadastro por submeter uma pessoa a condições análogas à escravidão.
Em Mato Grosso, a lista é composta majoritariamente por fazendas. O primeiro registro é de um empregador na zona rural de Comodoro. Roberto dos Santos já está no cadastro desde abril deste ano, assim como Eduardo Antônio Barros da Silva, da Fazenda Filadélfia, em Nova Xavantina.
A Guizardi Júnior Construtora e Incorporadora também foi incluida na lista no ano passado por submeter cinco trabalhadores a condições análogas à escravidão em um canteiro de obras em Chapada dos Guimarães.
Na Fazenda Aruanã, em Nova Maringá, sete pessoas foram submetidas às mesmas condições. A Madeireira Medianeira LTDA, responsável pela fazenda, já esteve na lista de junho a outubro de 2024 e voltou para o cadasto em janeiro e setembro de 2025.
Manoel dos Santos, da Fazenda Sonho Meu, na Zona Rural de Cuiabá também consta na 'lista suja'. Três trabalhadores foram encontrados na propriedade.
A RC Mineradora Ltda, que faz a exploração de ouro em Alta Floresta, é a campeã na quantidade de pessoas submetidas ao trabalho análogo ao escravo no Estado. Foram 10 trabalhadores encontrados nessas condições.
Ainda estão na lista Tomas Andrezejewski da Fazenda Alto Guaporé, zona rural de Vila Bela da Santíssima Trindade; Tomaz Edilson Filice, da Fazenda Conquista, em Nova Xavantina; Vilson Balotin, do Sítio Recanto Feliz, zona rural de Juína e Welmiston Aparecido Oliveira Borges, do Sítio Vista Alegre, em Cáceres.
Os empregadores são incluídos no cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo depois de uma inspeção identificar a irregularidade e um processo administrativo confirmar a responsabilidade dos envolvidos. Em geral, os empregadores permanecem na lista por um período de dois anos, mas podem sair antes caso firmem Termos de Ajusamento de Conduta e se comprometam a indenizar as vítimas.
Nesta atualização, a Lista Suja do MTE aponta que o Brasil tem 159 empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, aumento de 20% na comparação com a lista anterior.
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