O Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso (CREF17/MT) abriu uma apuração contra um professor de Educação Física do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), campus Cuiabá, após denúncias de assédio e importunação sexual. A fiscalização foi realizada na última semana por uma equipe da autarquia, coordenada por Júlio Garcia, que recolheu documentos e informações diretamente na unidade. O material segue agora para análise da Câmara de Julgamentos do Conselho, que poderá cassar o registro profissional do acusado caso as denúncias sejam confirmadas.
O professor, identificado pelas iniciais I.D.S., é servidor público há 25 anos e trabalha no IFMT há 13. Ele foi afastado das funções por determinação da direção do campus, que instaurou um processo administrativo disciplinar (PAD). A Gerência de Ensino informou que não é a primeira vez que o servidor enfrenta acusações semelhantes , antes de ser transferido para Cuiabá, ele já havia sido alvo de denúncias no campus de Pontes e Lacerda. No atual posto, respondeu a dois processos relacionados a condutas de cunho sexual, mas foi absolvido.
Desta vez, as denúncias ganharam maior proporção e já somam cerca de 30 relatos de vítimas. Dois pais de alunas registraram boletins de ocorrência na Polícia Judiciária Civil, enquanto a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o caso. O histórico do professor inclui ainda um episódio de 2014, quando foi acusado de assediar jovens em um vestiário sob o pretexto de tirar fotos.
Segundo a direção do IFMT, o professor atuava como técnico de vôlei e acompanhava estudantes em viagens para competições, contexto em que parte dos episódios teria ocorrido. “Toda a documentação referente ao servidor foi entregue ao CREF17/MT, que encaminhou o caso à sua Câmara de Julgamento. A autarquia avaliará se houve infração ética-disciplinar e poderá convocar colegas de trabalho e vítimas para oitivas”, afirmou o coordenador de Fiscalização, Júlio Garcia.
A presidente do CREF17/MT, Fabi Moraes, repudiou as denúncias e defendeu medidas rigorosas. “Repudiamos veementemente qualquer prática de assédio ou importunação sexual, sobretudo no ambiente da Educação Física, onde deve prevalecer o respeito e a integridade dos alunos. Não toleraremos condutas que manchem a profissão”, declarou.
O Conselho informou que acompanhará o andamento das investigações e que, caso as acusações sejam comprovadas, o professor será punido conforme prevê a legislação e o código de ética da categoria.
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