O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que o presidente Lula (PT) não tem cumprido com os repasses ao Município. Em setembro, Abilio foi ao Ministério da Saúde, em Brasília, em busca de diálogo com o governo federal para o envio de recursos extraordinários à pasta que tem fechado as contas com déficit de R$ 15 milhões. No entanto, o presidente Lula (PT) não teria liberado fatias do orçamento pois a União também está com dificuldades financeiras e faz contingenciamento de gastos.
"A Prefeitura de Cuiabá fala com os ministérios do governo federal, mas eles não têm recursos. O próprio governo federal está fazendo contingenciamento de repasses e ele não está pagando nem a UFMT, outros órgãos ou municípios. Não é só um problema de Cuiabá", disse Abilio Brunini.
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Além do custo mensal da máquina pública, Abilio lida com as dívidas herdadas da gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD) que, segundo ele, se aproximam de R$ 1 bilhão. O valor considera apenas os serviços empenhados, mas ainda há os precatórios e eventuais processos judiciais. O prefeito apontou as pendências deixadas por Emanuel como o motivo por Cuiabá não ser autosuficiente.
"Se Cuiabá tivesse o seu orçamento para aplicação das suas despesas, ele era autosuficiente. O duro é que temos R$ 1 bilhão de dívida a curto prazo minando os recursos da Prefeitura e a gente tem que honrar uma parte dessas dívidas por questões judiciais", destacou o prefeito.
O prefeito avalia emitir novo decreto de calamidade financeira. Enquanto isso não acontece, a recomendação à Secretaria Municipal de Economia é continuar cortando o que não afetar a prestação de serviços essenciais, o que acaba interferindo em projetos de interesse da gestão a longo prazo.
"O nosso caminho nesse primeiro momento é o contingenciamento para não atrasar os pagamentos dos servidores. Estamos buscando não atrasar os salários dos terceirizados. Em detrimento a isso, o que se perde é espaço de investimento em infraestrutura que fica com expectativa de soluçõess rápidas", concluiu o prefeito.
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