A vice-prefeita de Cuiabá, Vânia Rosa (Novo), deve assumir o comando da Prefeitura durante os 15 dias, entre 27 de outubro e 10 de novembro, período em que o prefeito Abilio Brunini (PL) estará em viagem oficial pela Ásia. Nesta sexta-feira (3), a coronel fez questão de deixar claro que sua atuação será independente, respeitando os limites do curto período.
“Eu não sou fantoche. Tenho consciência do que é possível fazer em 15 dias. Não se faz milagres, mas é possível observar, apontar e colaborar com a gestão”, disparou à imprensa.
Questionada sobre o alinhamento com o prefeito, ela confirmou que foi informada da viagem, mas reforçou que não recebeu orientações específicas: “Não tem ordens. A gente trabalha. Eu sou uma pessoa única.”
Vânia também sinalizou que pretende aproveitar o período para realizar ações e levantar dados que possam auxiliar a administração após o retorno de Abilio. “O estratégico não se faz em 15 dias para colher em 15 dias. Mas podemos preparar o terreno.”
Sobre a recente declaração de Abilio, de que o relacionamento entre os dois melhorou, Vânia considerou positivo: “É uma autonomia dele me passar o cargo. Encaro com naturalidade e com responsabilidade.”
FIM DA TURBULÊNCIA?
A licença do prefeito Abilio Brunini para participar da Cúpula das Cidades da Ásia-Pacífico 2025 (2025 APCS) & Fórum de Prefeitos, nos Emirados Árabes Unidos, e a consequente transferência temporária do comando da Prefeitura à vice-prefeita Vânia Rosa (Novo), parece um sinal, ainda que discreto, de tentativa de reaproximação institucional, ou ao menos de pacificação política dentro da gestão.
A relação entre Abilio e Vânia vinha sendo marcada por tensões e rumores de desentendimentos, especialmente pela forma como a vice atuava no atendimento às demandas de vereadores — o que teria desagradado o chefe do Executivo. O atrito ganhou força em agosto, quando Vânia foi exonerada do cargo de secretária de Mobilidade Urbana (Semob).
Após a demissão, um episódio intensificou ainda mais o mal-estar entre os dois: Abilio fez uma fiscalização surpresa na Semob e encontrou uma sala com itens como uma maca de massagem, apelidada de "sala vip", gerando polêmica e críticas públicas.
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