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João Batista, presidente do Sindispen, se reuni com outros agentes no CRC. |
Agentes Penitenciários estão mobilizados em frente à três grandes penitenciárias do Estado no dia da paralisação realizada nesta quarta-feira (4). Os servidores param por 24 horas e além da reestruturação salarial reIvindicam também mais dignidade para a categoria.
Alexandre Cândido, integrante da comissão de paralisação, aponta insalubridade nos presídios e diz que a situação não pode mais permanecer como está. “Trabalhamos com esgoto exposto, há muitos ratos no local de trabalho, baratas, o tratamento de água é péssimo, não tem condições de bebermos”.
A mobilização se concentra no Centro de Ressocialização da Capital (CRC), antigo Carumbé, onde se encontra mais de 80 agentes. O CRC tem capacidade para 390 presos, mas hoje existe aproximadamente 1.350 detentos. Outros servidores também estão mobilizados na Penitenciária do Capão Grande e na Penitenciária Central do Estado (PCE).
Segundo Cândido, a categoria pediu em 2009, posição por parte do Governo sobre a reestruturação salarial dos Profissionais, inclui-se nível superior e médio. Em 2010 o Executivo não concluiu o estudo. Neste ano a categoria foi para o embate. “O Estado está com a promessa de atribuir a porcertagem para a categoria desde 2004, mas até o momento não há nada concreto”, analisa.
Mas não é somente por salário e boa logística que os servidores estão em busca, segundo a comissão, a mobilização também levanta a bandeira pelo respeito e humanização. “Tem gestor comparando agente prisional com preso, a gente está sendo tratado como bandido, nós queremos mais respeito”, indigna-se Cândido.
O presidente do Sindispen, João Batista Pereira, se reunirá na sexta-feira (6) no início da manhã com a comissão de mobilização formada por outros agentes em frente a Secretaria de Administração (SAD), a intenção é conversar com o secretário César Zílio e entrar num acordo sobre o estudo de reestruturação salarial para a categoria.
NOTA
Questionada sobre a situação nos presídios já que boa parte dos 1.700 trabalhadores do sistema penitenciário estão paralisados. A secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos se pronunciou através de uma nota:
Em função do movimento de paralisação iniciado por parte dos servidores do sistema penitenciário, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos, por meio da secretaria adjunta de Administração Penitenciária, esclarece que a situação nas penitenciárias e unidades prisionais, tanto na capital como no interior do Estado, está sob controle e sem registro de incidentes até o momento.
De acordo o secretário-adjunto, tenente coronel José Antônio Gomes Chaves, os serviços de alimentação, atendimento à saúde e visitas estão sendo realizados conforme a demanda, assim como o cumprimento dos alvarás de soltura.
Na Penitenciária Central do Estado, onde estão trabalhando 10 agentes prisionais, o período de visitas atrasou em uma hora. Foi iniciado as 10h e se estenderá até as 16h. A manutenção da segurança interna e externa nas unidades está sob a responsabilidade da Polícia Militar.
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