Até antes do anúncio da candidatura à Presidência, a reeleição de Flávio ao Senado era dada como certa. Pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada em 3 de dezembro mostrava o senador na dianteira, com 27% das intenções de voto. O cenário mudou quando Jair Bolsonaro (PL) o escolheu como sucessor para disputar a Presidência, anúncio feito pelo próprio senador.
"É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação", escreveu Flávio em uma publicação no X (antigo Twitter) no último dia 5.
Com o afastamento de Flávio da disputa pelo Senado, aliados começaram a se articular pela vaga na corrida eleitoral. Jordy, ex-líder do governo Bolsonaro na Câmara, foi o primeiro a se colocar à disposição publicamente. Disse estar "pronto e à disposição" nesta quinta-feira, 11, mencionando o propósito maior bolsonarista: eleger Flávio presidente.
"Fico feliz em ver meu nome sendo cogitado pelo partido para a vaga ao Senado. Deixo claro que o projeto maior é eleger Flávio Bolsonaro presidente do Brasil. Se o meu nome for bom para esse cenário e contribuir com essa missão, estarei pronto e à disposição!", escreveu o deputado em uma publicação em seu Instagram.
Em 2026, duas vagas estarão em disputa por Estado no Senado. Além da cadeira que seria defendida por Flávio, aparece na disputa o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), que empatou com o senador na pesquisa estimulada do instituto Real Time Big Data, também com 27%.
Nos bastidores, Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, desponta como nome forte por sua ligação direta com Bolsonaro e apoio do segmento evangélico. Altineu Côrtes, vice-presidente da Casa, é visto como candidato competitivo pela capilaridade política, tem votos consolidados na região metropolitana e boa interlocução com prefeitos do interior. Já Hélio Lopes, que em 2018 usou o nome "Hélio Bolsonaro" nas urnas, também é lembrado internamente como opção.
A definição do PL para o Senado é tratada como peça-chave dentro do bolsonarismo. A sigla mira ampliar presença na Casa justamente no momento em que acelera a ofensiva contra o Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam pedidos de impeachment de ministros da Corte.
Em reação aos planos de Bolsonaro, o ministro Gilmar Mendes concedeu liminar que restringia a apresentação de denúncias contra integrantes do tribunal e elevava o quórum para afastamento de ministros para dois terços (54 dos 81 senadores).
A pedido do Senado, Gilmar recuou parcialmente nesta quarta-feira, 10. Suspendeu o trecho que reservava exclusivamente à Procuradoria-Geral da República (PGR) o direito de apresentar denúncias contra ministros do STF, até que o Congresso legisle sobre o tema. A questão do quórum foi mantida.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.






