Nas ruas da zona norte de São Paulo, o soldado da PM Pascoal dos Santos Lima, 35, é conhecido como "Monstro", por ser considerado um matador violento. Agora, a lista de mortes atribuídas ao policial, hoje detido no Presídio Militar Romão Gomes, chega a 17.
Lima foi acusado por uma testemunha ouvida pela Polícia Civil de matar três jovens (14 a 16 anos), na favela da Paz, no bairro do Limão, em janeiro de 2007.
A testemunha disse que o motivo do crime foram brincadeiras que os jovens fizeram com o PM dias antes, durante uma abordagem.
Dois dias depois dessas três mortes, Lima, de acordo com a Polícia Civil, matou mais seis jovens no Jardim Elisa Maria, também na zona norte de São Paulo.
Ao lado do 2º sargento Lelces André Pires de Moraes, filho de um coronel reformado da PM, Lima é acusado de ter matado a tiros o coronel da PM José Hermínio Rodrigues, 48, em janeiro de 2008.
Comandante do policiamento da zona norte, Rodrigues participava das investigações sobre grupos de extermínio quando foi assassinado.
Para o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil, Lima e Moraes mataram o coronel Rodrigues por vingança porque ambos estavam insatisfeitos com o fato de o oficial ter determinado que eles fossem retirados do serviço de patrulhamento das ruas na área do 18º Batalhão, e colocados no serviço burocrático da PM.
Os dois PMs sempre negaram o crime contra o oficial. Os seus advogados de defesa não foram localizados.
Das 17 mortes atribuídas ao PM Lima, três foram durante o trabalho dele como policial, nos chamados casos de "resistência seguida de morte", figura jurídica inexistente e na qual os membros das forças de segurança dizem ter matado algum suspeito porque ele resistiu à prisão.
As outras 14 mortes foram em situações de emboscada, quando ele não usava farda.
Além das duas chacinas (com nove mortos) e da morte do coronel Rodrigues, Lima é acusado de matar o dono duas farmácias, a mãe de um suspeito de tráfico de drogas, um comerciante e um entregador de pizzas.
A perícia apontou que a mesma arma usada por Lima na morte do coronel Rodrigues, uma pistola.380, foi usada na maior parte dos outros assassinatos.
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