Sexta-feira, 20 de Junho de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,49
euro R$ 6,33
libra R$ 6,33

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,49
euro R$ 6,33
libra R$ 6,33

Artigos Sexta-feira, 01 de Setembro de 2023, 10:14 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Sexta-feira, 01 de Setembro de 2023, 10h:14 - A | A

DOUGLAS AMORIM

Setembro Amarelo: precisamos falar e encontrar caminhos para a vida

DOUGLAS AMORIM

Reprodução

DOUGLAS AMORIM

 

Mike decidiu em setembro que o suicídio seria a única saída para sua dor. No bilhete encontrado ao lado de seu corpo havia um recado direto a seus pais, “Não se culpem, mamãe e papai, eu amo vocês. Com amor Mike 11h45 pm”

Setembro é o mês escolhido para falarmos sobre a prevenção de suicídios. A data foi escolhida pela Associação internacional para prevenção de suicídios e endossada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Inspirada na história do jovem americano Mike Emme que em 1994 aos 17 anos cometeu suicídio. Mike tinha um carro amarelo e no dia de seu velório, pais e amigos distribuíram fitas amarelas e cartões com frases motivacionais para incentivar busca por tratamento e ajuda para pessoas que pudessem estar enfrentando transtornos emocionais ou mentais.

Hoje o suicídio é a segunda maior causa de morte no mundo, perdendo apenas para acidentes de trânsito. E falar sobre isso é de suma importância para trazermos no campo do debate, das boas ideias, as possibilidades de tratamento que existem e funcionam para isso.

De acordo com a OMS, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente no mundo. No Brasil são em média 14 mil suicídios por ano, ou seja, cerca de 38 pessoas tiram a própria vida por dia no país.

Pensar em morte é algo da própria vida. Pensar na morte como uma saída quando deparamos com situações, confusões emocionais e crises é algo que todo mundo já passou e irá passar muitas vezes.

A questão se torna um problema quando se passa a pensar em maneiras de fazer isso. Quando começa a pesquisar e comunicar as pessoas sobre isso. Aí que o alerta precisa ser levado a sério e a busca por ajuda acontecer.

Nem todas as pessoas que cometem suicídio estão em depressão, é um mito que precisa ser quebrado. Todavia é importante se atentar aos sinais que apontam a morte como única saída.

A busca por tratamento e a desmistificação do tema precisa estar equiparada a tantos outros temas de saúde pública. Deve-se estar no mesmo patamar que uma campanha, por exemplo, de combate e prevenção a dengue. Tratar como um tabu, como algo feio, um assunto evitável só isola pessoas às suas próprias ideações suicidas.

Setembro amarelo existe para falarmos, para normalizarmos o assunto. Mas principalmente para indicar caminhos de tratamento.

Se Mike fosse alcançado por uma campanha como essa, talvez ao invés de um bilhete de despedida, teria escrito um livro, e estaria fazendo palestras contando como sobreviveu a uma ideação suicida.

(*) DOUGLAS AMORIM é psicólogo (CRP 18/01648), escritor, palestrante e comunicador digital em @umpsicologoemcuiaba

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros