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Artigos Quarta-feira, 08 de Junho de 2011, 23:33 - A | A

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Quarta-feira, 08 de Junho de 2011, 23h:33 - A | A

O verdadeiro legado da Copa

Por que não fazer um mutirão pela nossa segurança, melhoria na saúde e na educação? Por que não aproveitamos para definitivamente termos futebol em nosso Estado, com mudanças profundas em nossa Federação de Futebol?

OTACILIO PERON

Divulgação

Desculpem os especialistas no assunto, principalmente os que estão envolvidos na administração de tão importante evento, mas eu vou me arvorar no direito de externar o meu sentimento.

Se observarmos as doze cidades-sede da Copa de 2014, elas estão vivendo um verdadeiro regime de exceção. Estão excluindo da regra geral praticamente tudo. É o Estado invadindo a soberania dos Municípios, e decretando de utilidade pública, áreas urbanas, para implementar a mobilidade urbana. Abandona-se a regra das licitações, e contrata-se, diretamente, serviços e obras, tudo por conta da premência do tempo. Entregou-se a soberania das cidades a uma entidade denominada FIFA, a qual estabelece o que pode e o que não pode. Determina o que pode vender durante a copa, nos estádios e nas cercanias; e a que distância dos estádios pode alguém residir; exige uma da mobilidade urbana padrão; determina qual a capacidade dos aeroportos e hotelaria; exige segurança e qualidade na comunicação; ambientes externos adequados para os turistas assistirem aos jogos; saneamento básico e limpeza urbana, com coleta seletiva do lixo; enfim, uma extensa lista de exigências e encargos, só porque ela é detentora do MAIOR EVENTO DA TERRA.

Nada contra, mas muito pelo contrário, temos nós, de Mato Grosso, que sermos favoráveis, na qualidade de privilegiados patrocinadores de uma das etapas da Copa 2014, e vibrarmos juntos com os que estão envolvidos nesse mega evento, para que isto seja um verdadeiro sucesso, e com certeza será.

No entanto, muito se tem falado que o principal não é a Copa, mas o legado que ela deixará para as cidades-sede. O estádio certamente não será o legado mais importante, pois já existia um belo estádio. A mobilidade urbana, até pode ser tomada como uma parcela do legado. A melhoria do aeroporto também. Mas será que só este legado, valerá a pena tanto sacrifício e aborrecimentos que todos iremos passar, até isto virar realidade, tendo que acordar mais cedo só para chegarmos a tempo no trabalho? Será que isto é suficiente para contrabalançar a conta que teremos que pagar no futuro?
Por que não fazer deste limão uma limonada?

Por que não aproveitar este momento impar de euforia, que Cuiabá e Várzea Grande vivem, e fazermos uma transformação urbanística, com um projeto sócio-ambiental e resolvermos o grave problema do saneamento básico? Por que não aproveitamos para salvar o nosso Rio Cuiabá enquanto ainda é tempo? Um belo exemplo, a Agecopa e o Governo do Estado já deram, ao iniciarem o reflorestamento das encostas do Rio Cuiabá.

Por que não aproveitamos para fazer um mutirão da cidadania, mostrando a todos que o lugar do lixo é no lixo? Por que não aproveitamos o momento para fazermos um mutirão pela educação no trânsito? Por que não aproveitamos para mostrar que as nossas crianças, nossos velhos e os que necessitam de atenção especial, merecem nosso respeito?

Por que não fazer um mutirão pela nossa segurança, melhoria na saúde e na educação? Por que não aproveitamos para definitivamente termos futebol em nosso Estado, com mudanças profundas em nossa Federação de Futebol? Por que não aproveitarmos o momento para colocar Mato Grosso na rota do turismo internacional?

Creio que se fossemos escolher um legado para deixar para as duas cidades após a Copa, com certeza não seriam as obras, porque estas irão descontentar muita gente, e deixarão uma enorme conta a ser paga no futuro, mas as mudanças enumeradas acima, para tornar a região metropolitana menos violenta e mais humana, com um trânsito menos agressivo, e melhorando o clima de ansiedade e guerra em que vivemos.

Não vamos deixar tudo para última hora. Vamos começar agir desde logo, mas ordenadamente. O engajamento de todas as entidades é fundamental para alcançarmos o sucesso almejado. A responsabilidade não é só da Agecopa, é de todos nós.

Pensem nisso e mãos à obra já.

(*) OTACILIO PERON é advogado da CDL e FCDL.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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