Nos dois mandatos anteriores Lula conseguiu a proeza de levar a economia do Brasil da 12ª posição para a 6ª no mundo. Infelizmente já voltamos a 12ª.
A sua sucessora não conseguiu dar continuidade e fora vítima de um golpe. A justificativa eram “pedaladas fiscais”, que não foram comprovadas. Mas afinal qual teria sido o motivo?
Para entender, é necessário compreender como funciona a disputa e a concorrência entre nações desenvolvidas e as que almejam crescer.
Na América Latina o primeiro país que deu início ao desenvolvimento industrial foi o Paraguai. A Inglaterra que comercialmente dominava nosso continente promoveu e bancou a “Guerra do Paraguai” destruindo completamente o país.
O Brasil sob o governo Vargas saiu da condição de país agrário atingindo um dos maiores índices de crescimento industrial no mundo. Na época os EUA que já dominava a AL, promoveu o isolamento total de Getúlio, levando-o ao suicídio.
Mais tarde João Goulart ex-ministro de Vargas na tentativa de retomar o desenvolvimento do Brasil fora alijado pelo golpe militar de 64 que através de uma ditadura arrasou e infelicitou o Brasil por 21 anos, sabidamente sob a batuta dos americanos.
Essa disputa pelo domínio econômico sempre existiu e provocou inúmeras guerras.
Na 1ª e na 2ª, a Alemanha que pretendia dominar o mundo fora derrotada. A maior vencedora, a União Soviética, hoje Rússia, foi desmantelada pelos EUA através da Guerra Fria.
Agora a mais nova disputa pela hegemonia mundial, ou pelo fim do domínio americano, se dá nos campos de batalha na Ucrânia.
Os EUA se sentindo ameaçado pela China, reorganiza a OTAN agora com 31 países e pelas mãos da Ucrânia tenta derrotar a Rússia principal aliada dos chineses. Em outra frente no Indo-pacifico juntamente com o Japão e outros países articula ataque a China através de Taiwan.
Sem dúvida está em curso a 3ª guerra mundial que desta vez poderá ser nuclear.
Lula se reelegeu pela 3ª vez com promessas de reconstruir o Brasil, destruído por Temer e Bolsonaro, dois capachos a serviço dos americanos.
Na tentativa de ampliar mercado e obter mais recursos visitou recentemente a China e países árabes. Para retomar o protagonismo mundial e evitar esse grave conflito entre as maiores potências mundiais, propõe criar um grupo de países para mediar o conflito e buscar a paz.
O EUA que sempre considerou o Brasil seu aliado, na verdade seu capacho, manifestou de forma veemente seu repúdio à nossa aproximação com a China. Mas por outro lado nada tem a nos oferecer.
Lula que se reelegeu com a promessa de fazer melhor que nos seus governos anteriores, que adotou como slogan, a reconstrução e união, adiciona à essas tarefas hercúleas a intenção de evitar a guerra e buscar a paz entre gigantes.
Os EUA querem garantir sua hegemonia única e a China busca sua autonomia e soberania como nação independente. Essa disputa na verdade é uma contenda entre dois regimes, o Capitalismo e o Socialismo, como fora antes contra a Rússia na guerra fria.
Lula mais uma vez, como experiente negociador não se posiciona a favor de um ou de outro, e oferece o Brasil para buscar o fim do conflito e a paz. Assim garante as parcerias comerciais com ambos e coloca o Brasil novamente em lugar de destaque no cenário internacional.
Se conseguir evitar a guerra certamente será considerado um dos maiores líderes mundiais, caso ocorra o conflito ficamos neutros, como diz o dito popular, ”em briga de cachorro grande melhor ficar de fora”.
(*) ALUISIO ARRUDA é Jornalista, Arquiteto e Urbanista, membro do PC do B-MT.
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