Encerrou-se no último sábado, dia 04 de março, a primeira fase do Campeonato Mato-Grossense de Futebol. Como já esperado, o Cuiabá terminou esse turno invicto, sem sequer uma derrota, confirmando sua hegemonia no futebol de Mato Grosso. E nem poderia ser diferente. A estrutura e a capacidade financeira do time da Série A, frente aos demais times, que não estão em série alguma, é diferenciada e inatingível por qualquer outra equipe. Só não será campeã invicta se não quiser.
Como em outros campeonatos, o União segue na segunda posição, também em razão de sua estrutura diferenciada das demais equipes, face ao forte apoio que possui em Rondonópolis.
O Operário, com um grupo coeso que o conduz há alguns anos, investindo e apoiando, terminou em terceiro, não sendo surpresa.
O que surpreende é a quarta colocação do Dom Bosco. Uma das equipes com o menor orçamento, com o apoio de torcedores abnegados, mais uma vez, como aconteceu em 2022, supera equipes mais ricas e mais estruturadas como o Nova Mutum e Luverdense, por exemplo.
O Dom Bosco tem a seu favor a sua organização, dentro e fora de campo. Uma equipe que não tem dividas, não atrasa salários, monta um time modesto mas de jogadores que incorporam a garra da torcida, e joga com muito amor pela camisa do time mais antigo de Mato Grosso.
O Dom Bosco merecia muito um apoio financeiro melhor de empresários que gostariam de ver o nome de suas empresas vinculadas a uma entidade séria e responsável. O Dom Bosco divulga bem. E com estrutura tem todas as condições de chegar a um nível de representatividade de Mato Grosso que possa se aproximar ao Cuiabá.
Caíram para a série B o Cacerense e o Sport Sinop. Uma pena, mas alguém tem que cair.A grande decepção do campeonato, e por isso deixei para o final foi o Mixto. Equipe que possui a maior torcida do estado, e o maior número de títulos estaduais, voltou da série B prometendo uma forte equipe, grande estrutura e fortes patrocínios.Não vingou em campo. Lutou contra o descenso até a última rodada e sequer se classificou para as quartas de finais.
A gama de torcedores fanáticos do Mixto tem sofrido ano após ano no futebol mato-grossense. Vendeu sua histórica sede na Av. Getúlio Vargas, e não se sabe onde foi para o dinheiro, porque o time tem dívidas para todo lado, inclusive na seara trabalhista, que trava toda a receita que consegue.
Passou da hora do Mixto se recuperar fora e dentro de campo para a alegria dos seus torcedores e do futebol mato-grossense.E que venham as quartas de finais.
(*) FRANCISCO ANIS FAIAD é advogado.
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