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Artigos Sábado, 24 de Setembro de 2011, 16:00 - A | A

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Sábado, 24 de Setembro de 2011, 16h:00 - A | A

É a sociedade, não Dilma!

Acabemos, pois, com a invencionice: Dilma está meramente assinando os atos das demissões que são decididas pela sociedade, após denúncias irrespondíveis da imprensa independente. Por ela, o Ministério não teria sido alterado. Os brasileiros a forçaram

ARTHUR VIRGILIO

Divulgação

Lisboa - Há quem incense a presidente Dilma Rousseff por suposta “faxina” que estaria sendo promovida contra a corrupção no governo federal. E essa crença tem pés de barro.

Dilma sabia do esquema apodrecido que Lula montou com os partidos da tal “base aliada”, em nome de uma cinzenta governabilidade. Elegeu-se assim. Aceitou montar um Ministério dividido em capitanias hereditárias, com donatários que oscilam entre a corrupção e a incompetência. Pior ainda quando juntam os dois defeitos.

Se estivesse fazendo “faxina” – e não está – essa atitude profilática se daria em cima do legado do ex-presidente que lhe apadrinhou a candidatura presidencial. E, afinal, ela própria nega que exista a tal “faxina”, quase como se tivesse sido proibida por seus companheiros e aliados de pronunciar tal termo.

O quadro está mais para desagregação e turbulência que para ajuste ético: cinco ministros caíram em oito meses de governo, quatro deles acusados de graves irregularidades e o quinto, Nelson Jobim, por visível incompatibilidade com a mandatária. Dois ministros balançaram (Ciência e Tecnologia e Articulação Política), quando a revista Veja recontou a história dos “aloprados”e seus dossiês falsos. E um oitavo, o das Cidades, será o próximo a sucumbir.

O cenário é preocupante, principalmente porque a crise da zona do euro e a dos Estados Unidos exigem perícia e tempo integral na condução dos negócios brasileiros. Cresceremos pouco em 2011 e 2012. A inflação anualizada está em perigosos 7.23%. Muito dificilmente a equipe econômica logrará mantê-la abaixo do teto previsto pelo Banco Central (6.5%) que já é elevado demais para a economia brasileira e a conjuntura que a envolve.

As obras da Copa não andam ou se cobrem de dúvidas éticas. A segurança pública está um descalabro. A saúde, idem. A educação se limita às palavras vazias do ministro Fernando Haddad. E não dá para governar o cotidiano, lidar com a crise e, ainda por cima, ter de trocar quase que um membro do primeiro escalão por mês.

Acabemos, pois, com a invencionice: Dilma está meramente assinando os atos das demissões que são decididas pela sociedade, após denúncias irrespondíveis da imprensa independente. Por ela, o Ministério não teria sido alterado. Os brasileiros a forçaram a tomar as atitudes que tomou, mesmo assim trocando seis por meia dúzia, como fez ao substituir o bizarro Pedro Novais pelo deputado Gastão Vieira, também do grupo Sarney.

O poder seduz mesmo. Até parece que Dilma não é a mesma pessoa do dossiê perverso e descabido, elaborado pela complicada Erenice Guerra, contra a senhora Ruth Cardoso, de saudosa memoria.
Povo que esquece rápido demais tende a sofrer demasiadamente, é bom termos isso em mente.

(*) ARTHUR VIRGILIO é Diplomata, foi líder do PSDB no Senado, e escreve para HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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