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Artigos Quinta-feira, 14 de Julho de 2011, 16:59 - A | A

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Quinta-feira, 14 de Julho de 2011, 16h:59 - A | A

Dez, com louvor!

Se a concessão der certo, talvez a história cobre menos dos atores envolvidos nessa trama registrada em Cuiabá na última terça (12.07). Mas, se der errado, pagarão muito caro por terem posto em prática um plano de sabotagem das próprias instituições

KLEBER LIMA
[email protected]

 

Mayke Toscano

O noticiário, especialmente o político, está fazendo a festa dos articulistas e analistas de plantão. Há de um tudo para se comentar, analisar, criticar, elogiar. Como o “mundo começa em nosso quintal”, comecemos pela manobra do PTB para aprovar, da pior forma possível, a flexibilização da concessão dos serviços de saneamento.

Já não se discute aqui o mérito da questão - se a prefeitura deve ou não conceder ou vender os serviços -, mas a forma que encontrou para fazê-lo. Se queriam escolher a pior maneira, a mais impopular, a mais condenável, a mais criticável, parabéns, conseguiram, e merecem “10, com louvor”.

O caminho escolhido pelo PTB – sim, PTB do presidente da Câmara que virou prefeito no lugar do prefeito licenciado do PTB, com a anuência do presidente da Sanecap, também do PTB – se confunde com “conluio”, “conspiração”, como se estivessem tramando contra a sociedade.

Em algum momento do acordo – ah, sim, uma coisa dessas, tal como foi feita, certamente exigiu longas horas de reuniões para se chegar a cada detalhe do golpe, desde o “convencimento” da maioria omissa da Câmara até os ardis jogados para despiste da comunidade e da imprensa – alguém deveria ter lembrado ao prefeito, ao presidente da Câmara e ao presidente da Sanecap, bem como a maioria esmagadora dos vereadores cuiabanos, que eles são autoridades constituídas pelo sufrágio popular ou nomeadas por estes. Portanto, que não cabia a eles tramar, conspirar e sabotar suas próprias instituições, pois são a institucionalidade.

Se a concessão vier a dar certo no futuro, talvez a história cobre menos dos atores envolvidos nessa trama registrada em Cuiabá na última terça (12.07). Mas, se der errado, pagarão muito caro por terem formulado e posto em prática um plano de sabotagem das próprias instituições que representam, fundados na crença de que a sociedade é tão estúpida ao ponto de não perceber a imoral tentativa de enganação. E não adianta contestar: a farsa tem jeito, forma e cheiro de farsa, tanto dos que a conceberam quanto dos que dela participaram, nem que seja com o voto cínico na sessão de terça.

Da farsa da Câmara vamos direto ao teatro das duas audiências em que Luiz Antonio Pagot tentou explicar os pormenores do escândalo que envolve o Dnit, órgão que dirige ou dirigiu até semana passada, e o Ministério dos Transportes.

Do jeito que transcorreu, as duas sessões foram uma perda de tempo total, já que nada de relevante foi revelado ou mesmo perguntado. Os senadores e deputados, por preguiça ou leniência, no máximo leram recortes de matérias publicadas na imprensa, demonstrando que, de fato, queriam apenas armar um circo com as denúncias.

Nessa perspectiva, Pagot se saiu muito bem, sim senhor, porque conseguiu entrar e sair dos dois circos armados sem ser classificado como o palhaço – ou, pelo menos, não o único – que subiu no picadeiro.

Daí a se concluir que Pagot pode ou deve se manter no Dnit vai uma distância longa. A despeito dos que defendem sua manutenção no cargo, a pretexto de garantir uma posição para Mato Grosso no importante de espaço de poder que, de fato, são o Dnit e o Ministério, não se pode colocar o interesse meramente regional acima dos padrões éticos e da moralidade da sociedade. Sem nenhum prejulgamento, mas pelo mesmo critério da farsa da Câmara-Prefeitura-Sanecap, deve-se entender que os escândalos no Dnit têm jeito, forma e cheiro de escândalo. E, aqui, convenhamos, não basta não ser, não pode nem parecer que é.

Ah, ainda tem assuntos como a escolha do VLT como modal de transportes de Cuiabá e a aprovação pela Assembléia Legislativa, finalmente, do projeto que remodela nossa estrutura de transportes rodoviários intermunicipais. Nesse último caso, felizmente, um poderoso lobby foi vencido, para o bem do sofrido usuário. Mas, é assunto para outro artigo.

(*) KLEBER LIMA é jornalista, consultor de marketing e Diretor de HiperNotícias. E-mail: [email protected]

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Nildo Faria 18/07/2011

Meu caro articulista, bom dia. Quisera escrever-lhe para dizer que a sua opinião, no artigo intitulado “Dez com louvor” destoa da realidade politica que estamos vivendo. Quisera lhe elencar pessoas, posturas, fatos, realizações que demonstrassem o quão bem representados somos, pelos poderes legalmente constituídos. Especialmente no legislativo. Quisera. Apenas quisera. Em verdade, a sua opinião tem uma precisão cirúrgica. Traduz uma realidade que nos remete, invariavelmente, a uma sensação de impotência. De conivência. Diria mesmo de um certo masoquismo, de vez que, anos após anos, vivenciamos o que pode ser chamado de “crônica de uma morte anunciada”. Ciclicamente se repete. E nós, pasmos, subservientes, dizemos: amém. Vem à minha mente, uma frase do brilhante brasileiro Ruy Barbosa: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". Um abraço Nildo

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