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Artigos Segunda-feira, 23 de Maio de 2011, 08:33 - A | A

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Segunda-feira, 23 de Maio de 2011, 08h:33 - A | A

Desfazendo mitos

A opção pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como transporte público a ser implantado dentro do conjunto de ações para a Copa 2014, não é em detrimento do Bus Rapid Transit (BRT), mas como parte de uma rede

HONÉIA VAZ

 

Arquivo Pessoal
A opção pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como transporte público a ser implantado dentro do conjunto de ações para a Copa 2014, não é em detrimento do Bus Rapid Transit (BRT), mas como parte de uma rede que pode, e talvez já deva, incluir a ambos os modais. Importante é que não haja sobreposições de sistemas (leia-se "destruição de estruturas para construir outra", fingindo-se que não se tinha como prever o número de usuários, para daqui não mais que 4 ou 5 anos, no lugar de agregar mais modais a uma rede antes planejada).

O próprio presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Riva, defensor das alternativas VLT e Monotrilho fez a convocação para a discussão do BRT como meio alimentador do VLT. E o diretor técnico da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo (ASSUT/MT), Jean M. Van Den Haute, que desde 1999 tem pronto um projeto de instalação do VLT Citadis de Cuiabá, esclarece que nas avenidas FEB e Prainha, anteriormente determinadas pela Agecopa para serem as vias de implantação do projeto BRT, certamente estamos falando de uma linha tronco principal, onde se requer um meio de transporte com a capacidade do VLT. E, paralelamente, nas troncais secundárias, a previsão de outros veículos, incluindo o BRT, não discorda ele.


Se não se agregar, simultaneamente, os dois para a Copa (até mesmo pelo tempo e custo), o projeto tem que prever a rede, em cronograma de curto, médio e longo prazos, além de formatar agora Políticas Públicas de transformação das demandas.

Como seria “isso”? O ponto de partida é a existência de limites inerentes aos processos de crescimento sustentável das cidades: de orçamento público face ao aumento contínuo das demandas; de capacidade contributiva saudável das empresas e cidadãos para arcar com estas despesas; do meio ambiente no que refere à emissão de gases poluentes,que também exaurem as condições dos organismos vivos de suportar e processá-los sem prejuízos à saúde; do espaço físico para se dividir entre estruturas de: trânsito e parada, residência, comércio, produção, *espaços biodiversificados, infraestruturas tecnológicas e de aparato a toda esta composição (redes de: esgoto, energia elétrica, água, internet, TV, telefone, entre outras).

Desta forma, o grande e necessário estudo no momento não é o de viabilidade de trilhos, mas o que aponte a classificação (principais e secundárias) e precisamente onde estão as linhas troncais na atualidade (calculamos que sejam 9, por meio dos apontamentos da ASSUT. E não 2, como dá a parecer a discussão VLT x BRT). Elas partem do Plano Diretor e culminam em pontos das várias vertentes onde serão detectadas movimentações de usuários W, X, Y, K... - que determinam o perfil e número de pessoas que usam transporte coletivo, a partir de bairros e regiões centrais (origem-destino) que formam o percentual de transportadas/dia em horas/picos e horas/normais, lembrando que temos que planejar em conjunto com Várzea Grande.

Com o resultado técnico desta pesquisa e as provisões ideais para atender à demanda demonstrada, um governo isento e com bases centradas no planejamento estratégico (básico em quaisquer administrações públicas ou privadas) poderá responder às perguntas: pretende-se ou se está realmente atendendo à população, às empresas que vendem modais ou somente a um evento e que durará menos de 0000000000,1% do tempo de uso do sistema a ser escolhido e de vida dos cidadãos e gerações mato-grossenses neste contexto? Qual o custo-benefício de tais decisões para os cofres públicos, tendo em conta planejamento em curto, médio e longo prazos e demandas detectadas?

Na ponta do raciocínio: diante de tudo isso, que estratégias pode-se lançar mão para que a demanda seja alterada visando à garantia da sustentabilidade dos processos e crescimento sustentável das cidades? Exemplo: atração de determinado público para compor o percentual de usuários de transporte coletivo (motoqueiros, motoristas que não tem ar condicionado em seus veículos face ao extremo calor de Cuiabá, idosos, funcionários de empresas que não contam com estacionamentos, executivos e outros tantos que transitam em apenas dois momentos: na ida para o trabalho, na volta deste para casa, entre outras pessoas que usam carro para ir à academia, consulta médica, shoppings, etc.).

Um caso especial e expressivo: estudantes com mais de 18 anos. Outro: trabalhadores de áreas com concentração de comércios e indústrias. Com modais e redes ideais associados à devida segurança em todos os pontos dos trajetos até os centros comercial e industrial, faculdades e escolas técnicas, em todos os horários, o impacto positivo deste redirecionamento me parece bastante significativo para exemplificar o papel de Políticas Públicas na questão, que consiste em prever, inclusive, parâmetros não apenas da infraestrutura viária e os correspondentes modais, mas os itens paralelos que avalizam o sucesso ou fracasso deste planejamento: 1.vias e pontos com iluminação pública e proteção ao sol e chuva (lembrando que em Cuiabá as estruturas nos pontos de ônibus não atendem nem a um nem a outro, é fachada no sentido pejorativo mesmo!); 2.segurança (policiamento ostensivo em determinadas horas e sensação de segurança mesmo sem presença do policial no momento), entre tantos outros fatores, além dos intrínsecos no modal a ser escolhido: rapidez, acessibilidade (de custo e espacial), conforto (ar condicionado e número de passageiros por área) e capilaridade da rede ao ponto de levar os públicos-alvos o mais próximo de seu destino.

É claro que tudo isso não passa de suposições bem argumentadas até que se use dos necessários estudos de demandas, prospecção destas em um planejamento estratégico e a partir dos chamados sistemas inteligentes, que permitem prospectar e gerenciar todo o complexo socioeconômico envolvido.

 

P.S. Ao dizer espaços biodiversificados neste texto eu quis falar da composição residências-comércio-indústrias como estruturas que abrigam ações humanas e atreladas a áreas verdes e parques com biodiversidade.

(*) HONÉIA VAZ é jornalista em Cuiabá-MT e colaboradora de Hipernoticias. E-mail: [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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