A retirada total ou parcial das mamas é uma das consequências que mais abalam a autoestima de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, mas técnicas de cirurgia têm trazido mais esperança às pacientes. Oncoplástica. Esse é o termo que combina o tratamento oncológico à reconstrução estética das mamas. A técnica tem se tornado uma importante aliada para devolver confiança e qualidade de vida às pacientes.
“A tecnologia e os estudos facilitaram para que as cirurgias sejam menos agressivas e o importante é ressaltar que a prioridade é sempre o tratamento oncológico”, afirma a cirurgiã oncológica da Oncomed-MT, Mara Sanches.
As técnicas são diversas como: a reconstrução da mama, a cirurgia conservadora com retirada do nódulo e reposicionamento da mama, simetrização em cirurgia bilateral para alinhar as duas mamas e enxertia que consiste na retirada de gordura de outro local do corpo.
Em contrapartida, o tempo de cirurgia aumenta. Enquanto para a retirada de nódulos, a média de tempo prevista é de 40 minutos, para a oncoplástica pode ultrapassar as quatro horas. A complexidade faz com que a técnica não seja recomendada para todas. “São analisados diversos fatores, como tamanho do tumor, idade e outras doenças que inviabilizem o tempo de cirurgia, como por exemplo, a diabetes e a obesidade”, explica.
Estima-se que em 2025, 73 mil novos casos de câncer de mama surjam no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Nem todos os casos são passíveis de cirurgia, mas a alta demanda tem incentivado médicos oncologistas a se especializarem.
“A dificuldade em conciliar agendas com cirurgiões plásticos além do número reduzido de centros de saúde pública que contam com este especialista fez com que mastologistas e cirurgiões oncológicos estudassem e se tornassem aptos e capacitados para fazer a reconstrução mamária”, explica.
Autoestima – Os benefícios da oncoplastia vão muito além da parte física. Retirar o tumor de forma que as mamas mantenham a sua estética auxilia na questão psicológica. “Tem o fator estético, mas ele influencia em situações mais complexas desde como lidar com o câncer até em relacionamentos”, declara.
O direito à reconstrução da mama é garantido por lei no Brasil, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a recomendação é que seja feita na mesma cirurgia em que é realizada a mastectomia, desde que seja possível. Em julho deste ano, o governo sancionou a Lei nº 15.171/2025, que amplia o direito à cirurgia plástica reparadora da mama no Brasil, assegurando que mulheres que sofram mutilação mamária, por câncer, violência ou outra doença, possam ter acesso ao procedimento pela rede pública (SUS) e pelos planos de saúde, com direito a acompanhamento psicológico e atenção multidisciplinar desde o diagnóstico.
Sobre a Oncomed-MT – Situada em Cuiabá (MT), a clínica especializada no tratamento multidisciplinar do câncer iniciou suas atividades em 1996. Hoje conta com sede ampla, de fácil acesso e fortemente estruturada, dispondo de consultórios, ala de quimioterapia com farmácia unidade de radioterapia. O corpo clínico é formado por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, radio-oncologistas, hematologistas, mastologistas, urologistas e profissionais especializados em cuidados paliativos. Saiba mais em www.oncomedmt.com.br.
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