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Saúde e Bem-estar Terça-feira, 18 de Novembro de 2025, 13:46 - A | A

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Terça-feira, 18 de Novembro de 2025, 13h:46 - A | A

Osteoartrite e artrose: o guia completo para entender as dores nas articulações

Osteoartrite e artrose: o guia completo para entender as dores nas articulações

Muita gente convive com dor no joelho, quadril, coluna ou mãos há anos, mas só recebe o diagnóstico de artrose quando o quadro já está avançado.

A sensação de “corpo travado”, noites mal dormidas e dificuldade até para atividades simples aparecem repetidamente em relatos de pacientes, que descrevem dias em que “não conseguem nem andar”.

Entender o que é osteoartrite, por que ela surge e quais cuidados podem aliviar os sintomas é um passo importante para recuperar qualidade de vida.

Este artigo reúne explicações de especialistas e a experiência de quem vive com a doença para esclarecer, em linguagem simples, o que acontece dentro das articulações e que tipo de mudança realmente faz diferença na rotina.

Osteoartrite e artrose: nomes diferentes para a mesma doença

O primeiro ponto para organizar as ideias está nos nomes. Osteoartrite é o termo médico usado nos laudos e diretrizes científicas. Artrose é a forma popular, mais presente no dia a dia de pacientes e familiares.

Quando um exame aponta “osteoartrite de joelho” ou “osteoartrite de quadril”, trata-se da mesma condição que muita gente chama de “artrose no joelho” ou “artrose no quadril”. Não são doenças diferentes, e sim dois nomes para o mesmo processo de desgaste articular.

Já a artrite reumatoide pertence a outro grupo. Também causa dor, inchaço e limitação, mas tem origem autoimune, segue outra dinâmica e exige tratamento específico.

Confundir artrite reumatoide com artrose atrapalha o entendimento do diagnóstico e pode gerar expectativas erradas sobre o tratamento.

O que acontece dentro da articulação

Cartilagem como amortecedor

A artrose é uma doença crônica que atinge a cartilagem que recobre as extremidades dos ossos dentro das articulações.

Essa camada lisa funciona como um amortecedor natural, permitindo que as superfícies ósseas deslizem com pouco atrito.

Em um joelho saudável, por exemplo, o fêmur e a tíbia se encontram em uma superfície uniforme, revestida por cartilagem.

Quando a osteoartrite se instala, essa cartilagem começa a se desgastar. Ela perde espessura, torna-se irregular e deixa de proteger a região como antes.

Menos espaço, mais atrito, mais inflamação

Com o avanço da doença, o espaço entre os ossos diminui e, em fases mais graves, pode haver contato direto entre eles. Esse atrito gera microlesões, inflamação e dor.

A cartilagem em si não dói, porque não tem terminações nervosas, mas o osso logo abaixo, a membrana articular e estruturas ao redor são ricamente inervados e reagem com dor intensa.

O organismo tenta se adaptar, formando pequenas “pontas” ósseas nas bordas das articulações, conhecidas como osteófitos.

Na coluna, essas projeções são chamadas popularmente de “bicos de papagaio”. Elas podem agravar a limitação de movimento e, em algumas situações, comprimir nervos.

A comparação com a suspensão do carro

Uma forma simples de visualizar esse processo é pensar na suspensão de um carro. Molas, buchas e amortecedores existem para evitar que duas peças de metal batam uma na outra a cada buraco.

Quando essas estruturas se desgastam, o impacto é direto, gera barulho, desconforto e dano progressivo.

Com as articulações acontece algo parecido. A cartilagem é o amortecedor. Quando ela se perde, o impacto atinge diretamente o osso, o que explica parte da dor, do inchaço e da sensação de travamento relatados por tantos pacientes.

Quem mais sofre com a osteoartrite

A osteoartrite é considerada a doença reumática mais comum. A experiência clínica mostra que ela aparece em ambos os sexos, mas com alguns padrões.

Entre as mulheres, é frequente o acometimento de mãos e joelhos. Muitas relatam dificuldade para segurar objetos, varrer a casa, subir escadas ou permanecer muito tempo em pé.

Há depoimentos de pessoas que descrevem dor nas articulações “24 horas por dia”, com piora ao final do dia ou após atividades simples.

Entre os homens, surgem com destaque os quadros envolvendo a articulação do quadril, na região entre a cabeça do fêmur e o osso da bacia.

Nesses casos, caminhar, entrar e sair do carro ou permanecer sentado por longos períodos se torna um desafio.

Também chama atenção o número de pacientes com dor em várias regiões ao mesmo tempo: coluna torácica e lombar, joelhos, quadris, ombros, tornozelos, pés e até articulações pequenas das mãos e dos pés.

Alguns relatam início dos sintomas ainda na faixa dos 20 ou 30 anos, convivendo por mais de uma década com diagnósticos como osteoartrite, espondilite anquilosante, fibromialgia e osteoporose.

Em muitas histórias, as queixas vão além do aspecto físico. Pessoas contam que deixaram de trabalhar por incapacidade de permanecer em pé, perderam o emprego mesmo com laudo médico ou deixaram de realizar tarefas simples em casa, com impacto direto na autoestima.

Causas e fatores de risco que favorecem o desgaste

Idade e “tempo de uso”

A idade é um fator importante. O tempo de uso das articulações conta, principalmente naquelas que suportam peso, como joelhos e quadris.

Com os anos, a cartilagem sofre desgaste natural, a capacidade de regeneração diminui e o risco de osteoartrite aumenta.

Isso não significa que toda pessoa mais velha terá artrose em grau avançado, mas ajuda a entender por que tantos diagnósticos aparecem a partir da meia-idade.

Excesso de peso e sedentarismo

Entre os fatores de risco modificáveis, dois se destacam: excesso de peso e sedentarismo. Alguns quilos a mais sobrecarregam joelhos e quadris a cada passo.

Relatos de pacientes que pesam pouco, mas têm artrose importante, mostram que o peso não é o único elemento, porém a associação entre obesidade e dor articular é recorrente.

A falta de fortalecimento muscular também pesa. Musculatura fraca deixa as articulações menos estáveis e transfere mais carga diretamente para os ossos.

Em muitos casos, o quadro se instala em um cenário de anos de trabalho pesado, pouco exercício planejado e nenhum cuidado com prevenção.

Esporte de alto impacto, traumas e outras doenças

Esportes de alto impacto sem preparo adequado podem acelerar o desgaste, principalmente quando há movimentos repetitivos e muita carga sobre uma mesma articulação.

O problema não é o exercício em si, e sim a falta de orientação, aquecimento, fortalecimento e respeito ao limite do corpo.

Traumas prévios também contam. Fraturas em pé, tornozelo, joelho ou quadril deixam marcas que, anos depois, podem se traduzir em artrose naquela região.

Há ainda relatos de piora das dores articulares após infecções, como dengue, ou tratamentos como radioterapia, em pessoas que já tinham predisposição.

Doenças como diabetes, osteoporose e quadros reumatológicos autoimunes podem se somar à osteoartrite, tornando o manejo mais complexo.

Com tantas variáveis, não surpreende que clínicas ortopédicas e consultórios de reumatologia estejam entre os serviços mais procurados por pessoas com dor crônica nas articulações.

Predisposição genética

Histórico familiar também entra na conta. É comum que pacientes mencionem pais, irmãos ou avós com artrose importante em idade próxima.

Essa predisposição não determina o futuro, mas aumenta a chance de a doença aparecer quando outros fatores de risco estão presentes.

Sintomas: quando a dor passa a comandar a rotina

O sintoma central da osteoartrite é a dor articular. Ela pode ser localizada ou atingir várias áreas.

Na prática, surgem padrões repetidos:

  • Dor que piora com esforço e alivia parcialmente com repouso
  • Sensação de rigidez ao acordar ou após ficar muito tempo parado
  • Dificuldade para iniciar o movimento, como levantar da cama ou da cadeira
  • Estalos, sensação de areia ou travamento ao movimentar a articulação
  • Limitação de amplitude, com dificuldade para agachar, se abaixar ou girar o tronco

Em alguns casos, há inchaço visível, calor local e deformidades progressivas, principalmente em articulações pequenas das mãos.

Os relatos revelam o peso emocional desse quadro. Pacientes descrevem “queimação” que desce da coxa ao pé, dores que não deixam dormir, medo de se movimentar por receio de piorar, além da frustração de sentir que o corpo não acompanha a vontade de trabalhar, cuidar da casa ou praticar atividades que antes eram simples.

O que pode ser feito sem depender apenas de remédios

A prescrição de medicamentos deve ser individualizada, feita por médico que conheça o histórico completo do paciente.

Antes disso, existe uma base de tratamento que vale para praticamente todos os casos: as medidas não medicamentosas.

Controle de peso e ajustes na alimentação

Reduzir o peso corporal diminui a carga sobre as articulações que sustentam o corpo. Em quem tem artrose de joelho ou quadril, essa redução costuma trazer alívio progressivo.

Pacientes relatam melhora após mudanças alimentares consistentes, com menos alimentos ultraprocessados e maior foco em refeições equilibradas.

Não se trata apenas de “emagrecer para sofrer menos”, e sim de criar um ambiente metabólico menos inflamatório, que favoreça o controle da dor.

Fortalecimento muscular com orientação

Fortalecer a musculatura ao redor da articulação doente é um dos pilares do tratamento.

Músculos bem condicionados funcionam como proteção, estabilizam as articulações, reduzem o atrito e ajudam a manter a amplitude de movimento.

Exercícios em meio aquático, como hidroginástica e natação, costumam ser bem tolerados, porque a água ajuda a sustentar o peso do corpo e diminui o impacto.

Bicicleta também é frequentemente indicada, desde que adaptada ao grau de dor e ao preparo físico.

Muitos pacientes relatam medo de se exercitar por receio de piorar o quadro, mas estudos e a prática clínica mostram que o movimento orientado faz parte do cuidado, não do problema.

Por isso, a presença de fisioterapeutas e educadores físicos com experiência em dor crônica é tão importante.

Repouso nas crises e adaptação da rotina

Durante crises de dor intensa, estratégias simples podem ajudar: diminuir esforços que sobrecarregam a articulação inflamada, ajustar a postura no trabalho, dividir tarefas domésticas, fazer pequenas pausas ao longo do dia e avaliar, junto ao médico, a necessidade de afastamentos temporários.

Vários relatos mostram que o maior desafio está em aceitar essas adaptações sem culpa. Pessoas que sempre trabalharam em pé, em produção ou limpeza, por exemplo, sentem que estão “falhando” ao reduzir o ritmo.

Informação clara sobre a doença ajuda a transformar essas mudanças em escolhas de cuidado, não em sinal de fraqueza.

Quando buscar avaliação com especialistas

Nem toda dor nas articulações é artrose, mas alguns sinais indicam que é hora de procurar ajuda especializada: dor que dura semanas ou meses, piora progressiva, limitação para tarefas simples, deformidades, travamentos ou impacto direto no trabalho e no sono.

Nesses cenários, a avaliação por reumatologistas e ortopedistas permite confirmar o diagnóstico, identificar doenças associadas e desenhar um plano de tratamento que combine medidas não medicamentosas, possíveis medicações e, em situações específicas, infiltrações ou cirurgia.

Pacientes costumam relatar diferença significativa quando encontram profissionais que escutam a história completa, analisam exames com calma e explicam o que está acontecendo “por dentro”.

Essa relação de confiança é um dos motivos pelos quais tantas pessoas buscam os melhores ortopedistas quando a dor deixa de ser pontual e passa a comandar o dia.

Considerações finais

A osteoartrite não é apenas um termo técnico em laudos ou uma explicação vaga de “desgaste da idade”.

É uma doença crônica que atinge milhões de pessoas, interfere na capacidade de trabalhar, cuidar da casa e aproveitar atividades simples.

Reconhecer os sinais, entender o papel de fatores como peso, sedentarismo e traumas, e adotar medidas concretas, como fortalecimento muscular e ajustes na rotina, permite recuperar parte do controle sobre a própria vida, mesmo em meio à dor.

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