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Saúde e Bem-estar Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2025, 09:10 - A | A

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Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2025, 09h:10 - A | A

O que é a UTI Humanizada: Quando o cuidado intensivo coloca paciente e família no centro

Modelo alia tecnologia, segurança e acolhimento para melhorar a recuperação e a experiência de pacientes críticos

REDAÇÃO

A UTI Humanizada representa uma evolução no cuidado intensivo ao unir alta complexidade médica com acolhimento, comunicação e respeito à individualidade do paciente. Nesse modelo, permitir a presença e o acompanhamento da família deixa de ser apenas um gesto de acolhimento e passa a ser parte ativa do cuidado, contribuindo para melhores desfechos clínicos e para uma experiência mais segura e humana durante a internação. O Hospital São Mateus, em Cuiabá, acaba de se alinhar aos mais modernos centros mundiais ao adotar o modelo.

“A proposta é oferecer tratamento intensivo com tecnologia e segurança, colocando a pessoa no centro das decisões e ampliando o acolhimento, sem aumento do risco clínico”, explica o cardiologista intensivista do Hospital São Mateus, Sandro Andrey Nogueira Franco.

Segundo o médico, essa abordagem é sustentada por pilares fundamentais, como a comunicação qualificada, a ética nas decisões, um ambiente terapêutico mais acolhedor, a atuação integrada da equipe multiprofissional, o cuidado com quem cuida e a aplicação rigorosa das melhores evidências científicas.

Mudanças estruturais

Para tornar a UTI mais humanizada, o Hospital São Mateus promoveu mudanças estruturais e operacionais importantes, com novo desenho do ambiente, dos processos e da cultura assistencial, sempre baseados em evidências científicas. O espaço físico passou a oferecer quartos individuais, redução de ruídos, maior privacidade, iluminação natural e um ambiente mais aconchegante. Essas melhorias impactam diretamente o bem-estar do paciente e contribuem para uma recuperação mais tranquila.

A atuação da equipe multiprofissional é outro ponto central. Médicos, enfermagem, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e outros profissionais trabalham de forma integrada, com objetivos comuns, comunicação horizontal e decisões compartilhadas. As decisões assistenciais são debatidas de forma contínua e, quando viável, incluem o paciente e seus familiares no processo. “A equipe funciona como um organismo único, alinhada em torno do melhor cuidado possível”, explica o especialista.

A presença da família também é valorizada, com políticas de visitação que podem variar conforme a estrutura da unidade, incluindo visitas estendidas ou, em alguns casos, presença contínua ao longo de 24 horas. Paralelamente, a comunicação e o acolhimento são trabalhados de forma ativa para reduzir a ansiedade e o medo do paciente.

Entre as estratégias estão a explicação prévia de procedimentos, a reorientação frequente sobre tempo e espaço, o uso de quadros informativos próximos ao leito, a comunicação não verbal, pranchas de comunicação para pacientes intubados e outras ferramentas que preservam a identidade e a dignidade de quem está internado.

Práticas assistenciais baseadas em evidências

A UTI Humanizada do Hospital São Mateus também adota práticas assistenciais específicas, fundamentadas em evidências científicas, para a prevenção do delírio — condição comum em pacientes internados em terapia intensiva, especialmente idosos —, o controle eficaz da dor e a melhoria do conforto. As ações incluem reorientação frequente, uso de luz natural, presença da família, mobilização precoce e comunicação cuidadosa, inclusive com pacientes sedados, alinhadas às diretrizes internacionais.

Os benefícios desse modelo já são observados na prática clínica, com menor necessidade de sedação profunda e melhores desfechos, como redução do tempo de ventilação mecânica, do período de internação e da incidência de complicações. Para o futuro, o hospital aposta na incorporação de tecnologias como inteligência artificial para monitoramento não invasivo, análise preditiva de complicações e apoio à decisão clínica, sempre com foco em liberar mais tempo para a interação humana.

“A combinação entre tecnologia, comunicação eficaz e práticas centradas na pessoa vai transformar ainda mais as UTIs em ambientes mais seguros, humanos e dignos para pacientes e famílias”, conclui Sandro Andrey Nogueira Franco.

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