O ex-assessor especial da vice-governadoria, Rowles Magalhães, suposto lobista do escândalo envolvendo pagamento de propina a servidores para obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), se colocou à disposição dos deputados estaduais para prestar esclarecimentos a partir de 12 de outubro. O ofício encaminhado à Assembleia Legislastiva foi lido na sessão matutina desta quarta (12) pelo autor do requerimento de convocação, deputado Walter Rabello (PSD). Mayke Toscano/Hipernoticias O deputado estadual Walter Rabello (PSD) é o autor do requerimento, junto com Zé Domingos Fraga, do mesmo partido Além de Rabello, assina o requerimento Zé Domingos Fraga (PSD). Magalhães denunciou ao UOL que membros do governo estadual receberam propina na ordem de R$ 80 milhões para direcionar a licitação do VLT em favor do Consórcio VLT Cuiabá, num jogo de cartas marcadas. Assessor de Chico Daltro denuncia propina de R$ 80 milhões e fraude em licitação do consórcio VLT
No pedido por informações, o social democrata também cobra esclarecimentos do vice-governador Chico Daltro (PSD) na Casa por ter sido o responsável pela nomeação. Contudo, desde a divulgação do suposto esquema pelo portal UOL, Daltro “foge” da imprensa e não comenta o assunto. Já o governador Silval Barbosa (PMDB) nega a denúncia e diz que há um complô envolvendo segmentos da imprensa para desestabilizar a implementação do VLT em Cuiabá.
Antes de ser contratado como assessor especial da vice-governadoria este ano, um cargo comissionado (indicação política), Magalhães trabalhava para o fundo de investimento Infinity, grande interessado na licitação do VLT em Cuiabá e Várzea Grande. O grupo chegou a comprar e doar ao governo do Estado um estudo de viabilidade do VLT com intenção de, posteriormente, tocar as respectivas obras.
A licitação, entretanto, passou a fugir dos moldes pretendidos pelo grupo econômico, o que teria motivado as denúncias de Magalhães. Ele foi exonerado assim que o escândalo tomou repercussão nacional e o governo limita-se, desde então, a defender-se dizendo que designou investigação especial para o caso – sem, no entanto, esclarecer de quem partiu a indicação política de Magalhães, sob quais circunstâncias e para exercer qual tipo de função dentro do governo.
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