O advogado do vice-governador Chico Daltro (PSD), Huendel Rolim, protocolou terça-feira (28) queixa-crime no Fórum da Capital contra o ex-secretário da Secopa, Eder Moraes (PR), devido a insinuações envolvendo seu cliente com o escândalo da licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Governo do Estado.
Conforme explicou Rolim, a queixa-crime servirá para apurar suposta calúnia e difamação em declarações feitas por Eder na imprensa recentemente. Rolim não revelou as declarações específicas de Eder em desfavor do vice-governador.
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Porém, consta que o republicano chegou a sugerir na semana passada que Daltro tem relação estreita com o lobista Rowles Magalhães, ex-assessor especial da vice-governadoria e pivô do escândalo do VLT.
Para ele, uma apuração sobre a função exercida por Rowles no governo necessariamente teria de contar com o depoimento de Daltro e de outras figuras como o ex-deputado estadual Sérgio Ricardo (hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), e o empresário Ricardo Novis Neves.
Magalhães foi fonte utilizada pelo portal UOL, que publicou denúncia segundo a qual membros do governo estadual receberam propina na ordem de R$ 80 milhões para direcionar a licitação do VLT, modal de transporte avaliado em mais de R$ 1,47 bilhão, para o Consórcio VLT Cuiabá.
“O assessor foi contratado em 2012, a licitação correu muito antes disso”, defendeu Rolim, fazendo questão de afastar qualquer relação escusa entre o vice-governador e o ex-assessor – o qual foi exonerado imediatamente após a publicação das denúncias pelo portal UOL.
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A fala do advogado pode ser considerada a primeira defesa do vice-governador desde a divulgação do escândalo. Por vezes consecutivas ele se recusou a falar com a imprensa a respeito das circunstâncias da indicação política de Rowles Magalhães, o qual foi contratado em cargo comissionado pelo governo após ter feito parte do fundo de investimento Infinity, notório interessado no processo de licitação do VLT.
O fundo de investimento doou ao Estado um estudo de viabilidade do modal de transporte realizado pela empresa estatal portuguesa Ferconsult com vistas a assegurar participação em uma posterior Parceria Público Privada (PPP) para implantar o sistema em Cuiabá e Várzea Grande, segundo denunciou Rowles ao portal UOL depois que a licitação do governo tomou rumos diferentes dos pretendidos por ele e seu grupo econômico.
Eder Moraes não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto.
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Edézio 29/08/2012
Creio que o vice-governador deve explicações sim à sociedade matogrossense do porquê da contratação do senhor Rowles.
1 comentários