O vereador de Cuiabá, Kássio Coelho (Patriotas), afirmou que os deputados estaduais Dilmar Dal Bosco, Eduardo Botelho e Júlio Campos podem aproveitar brecha na legislação eleitoral para sair do União Brasil e se filiar no Partido Renovação Democrática (PRD), que seria chamado "Mais Brasil". Conforme o parlamentar, por ser uma nova sigla, os parlamentares não correriam risco de sofrer cassação.
"Se não tiver nenhum empecilho jurídico, eles vão se filiar no PRD", atestou Kássio Coelho. "Está tudo certo que vão migrar e já estou contando com o Dilmar, mais que até que o Júlio. Mas eu falei pessaolmente com o Júlio, inclusive já indicou para nós prefeitos e vice-prefeitos", completou o vereador.
O PRD nasce a partir da fusão do PTB com o Patriotas. O pedido de criação do partido estava na fila do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e foi validado na última quinta-feira (9). A executiva precisou se adequar e rever o nome para conseguir passar pelo crivo dos ministros.
Com a aprovação, as conversas em Mato Grosso teriam avançado. O vereador disse que negocia a vinda de Dilmar para assumir a presidência do diretório estadual há cerca de quatro meses. Com Júlio e Botelho, o diálogo é mais recente, porém, não menos intenso. Até o líder da nacional do PRD, Ovasco Resende, estaria atento às tratativas para trazer os parlamentares.
"O Botelho quer sentar pessoalmente, pois eu estou coordenando a campanha do Botelho. Estamos só vendo se o Dilmar não perde o mandato. Se os deputados Júlio e Dilmar não vão perder o mandato", falou o Coelho.
Um dos pontos que incentivaria a saída dos deputados é a "falta de autonomia" dentro do UB. "Eles não apontam, mas fica bem claro que eles não têm autonomia nenhuma no União Brasil. Quem tem lá é o governador. Na saída da secretaria do Dilmar, você percebe", lembrou Kássio, sobre a renúncia de Dal Bosco ao cargo da executiva do União.
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"Se der a carta, o Dilmar vai sair agora", garantiu o vereador, lembrando o relacionamento desgastado com o partido.
Confirmando a desfiliação, Botelho mudaria todo o quadro que se desenha para 2024. A expectativa era que o deputado seguisse para o PSD, caso se desfiliasse do UB. No entanto, o parlamentar dependeria da liberação dos correligionários ou poderia perder seu mandato.
"O Botelho até que ir para o PSD, mesmo assim o convidei pois talvez ele seja barrado pela legislação para se filiar ao PSD e, aqui, no PRD não haja essa regra", inidicou Kássio Coelho a condição para que o presidente da Assembleia Legislativa mude para o PRD.
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