O senador Wellington Fagundes (PL) criticou o corte orçamentário Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Na última semana, o orçamento da Pasta passou de R$ 690 milhões para R$ 89 milhões. A redução de verba coloca em risco, por exemplo, as bolsas de pesquisa recebidas pelos pesquisadores brasileiros.
Divulgação
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O corte, aprovado pelo Congresso, atendeu a pedido do Ministério da Economia. O montante de R$ 600 milhões deve ser remanejado para outras áreas de sete ministérios. Para Fagundes, este não é o momento de cortar recursos para uma área que se dedica, inclusive, a financiar a pesquisa de vacinas brasileiras contra a Covid-19.
"Não tem lógica cortar o orçamento da ciência justamente no meio de uma pandemia dessa", asseverou o parlamentar durante coletiva de imprensa na última sexta-feira (8).
Durante o evento, o senador lembrou que no próximo dia 29 deve acontecer, em Salvador (Bahia), a primeira aplicação da vacina contra a Covid-19 totalmente produzida no país. A vacina 100% nacional será aplicada em pacientes do Hospital da Bahia e é produzida pelo Senai/Cimatec, com a participação de mais de 30 pesquisadores. Os testes contarão com 90 voluntários não vacinados.
Para Fagundes, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação precisa de recursos para contribuir com essa e outras pesquisas que estão sendo realizadas no país.
“Temos que ter uma vacina 100% nacional para garantir a imunização da população em casos de reforço, como já está acontecendo”, avalia.
O senador ainda antecipou que deve levar a questão a uma reunião com o governo federal nesta semana. “Vamos tratar dessas questões com a área econômica. Não entendo como necessário esse corte. Ao contrário, precisamos apoiar a pesquisa científica. A pandemia mostrou como ela é fundamental”. Não vamos votar outras matérias se não garantirmos recursos para o setor”, finalizou.
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