Eleito na manhã dessa quinta-feira (5) com 15 votos, Júlio Pinheiro (PTB) anunciou em seu primeiro discurso já como presidente da Câmara Municipal, que sua gestão terá “harmonia e independência do Executivo” e garantiu que não fará “um caça as bruxas” no Legislativo e que o ex presidente da Casa "não será exterminado".
"Eu vou fazer uma gestão voltada para que todos os vereadores como fiz na gestão anterior. Essa Câmara torna-se uma família. Sou companheiro que gosto de enfrentar desafios.", afirma.
O discurso quer trazer “paz” na Casa de Leis já que desde João Emanuel (PSD) tornou-se presidente no início do ano, os embates com o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), foram constantes. Uma das próximas etapas do trabalho dos vereadores é abrir ou não processo por falta de decoro do ex-presidente, o que pode resultar em cassação do seu mandato.
Abertura de Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI) a fim de investigar contratos com o executivo sempre geravam polêmicas com a base do prefeito, a exemplo da CPI dos 'Maquinários'.
Além disso, por várias vezes, os aliados de Mendes tentaram retirar João Emanuel da presidência com a abertura de três CPIs para investigar o líder do Legislativo. Inclusive, João Emanuel chegou a ser afastado da presidência em sessão ordinária realizada em setembro que acabou sendo anulada pela Justiça.
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"Não vou fazer daqui um palanque eleitoral. Ele é vereador. Esta no mandato de vereador. Terá amplo e total direito de defesa. Aqui ninguém vai ser exterminado. Tem que respeitar o direito de todo o cidadão", aponta.
João Emanuel renunciou na terça-feira (3) ao cargo após duas decisões, na esfera criminal e cível, o afastarem da Presidência. Ele é investigado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) por crime de falsificação de documentos de terrenos. Inclusive, existe uma gravação em que ele detalha a negociação dos lotes.
Embora Júlio garanta tempo a João Emanuel se defender, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Faissal Calil (PSB), já pediu a cassação de Emanuel por quebra de decoro parlamentar pela cenas do vídeo.
Assim como Faissal, a Organização Não Governamental Movimento Organizado Pela Moralidade Pública e Cidadania (ONG Moral) e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) querem a cassação do ex presidente.
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