O deputado estadual Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, disse que o cancelamento do leilão do arroz anula as suspeitas de fraude, retornando tudo à "estaca zero", porém, afeta Mato Grosso, uma vez que o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), e o ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller (PP), estão no centro da polêmica. Nininho afirmou que deseja "crer" que Fávaro, presidente estadual do seu partido, não tem nenhum envolvimento. Ele também falou que torce para que Neri Geller consiga se explicar.
"Quero crer que não teve a participação dele (Carlos Fávaro) diretamente e espero que o Neri consiga se explicar, por que desses fatos que ocorreram. Eu, particularmente, não comungo com isso. Mas não ocorreu o pagamento, cancelou-se o leilão, e volta tudo à estaca zero. Mas é ruim para nós", declarou Nininho à imprensa nesta quinta-feira (20).
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A situação envolvendo Fávaro fez Nininho amadurecer o plano de desfiliação do PSD. Ele já vinha descontente com a relação próxima de Fávaro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Embora não se considere bolsonarista, diz que a esquerda não o agrada. Essa falta de identificação motiva, inclusive, certo distanciamento do seu mandato às lideranças partidárias nacionais.
"Não tenho usado nossos líderes maiores em meu mandato para não dever continência depois", explicou Nininho.
Preservar a autonomia política é essencial para o deputado, principalmente neste momento, conforme ele, em que as eleições municipais se aproximam. Nininho garante que tem a liberação do partido para não acompanhar o PSD, que vai apoiar os pré-candidatos da Federação Brasil Esperança (PT, PV e PCdoB) depois de Carlos Fávaro ter fechado acordo com Lula
"Eu vou apoioar os prefeitos independente de partido. Sempre fiz isso, sempre tive essa liberdade. O partido nunca me repreendeu e vou fazer o apoio aos prefeitos que me apoiaram indiferente do partido que eles estejam", afirmou.
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