O presidente da Câmara dos Vereadores de Cuiabá, Misael Galvão (PTB), criticou nesta segunda-feira (29) a decisão judicial que determinou o fechamento do comércio obrigatório na Capital e em Várzea Grande como forma de conter a disseminação da Covid-19, o coronavírus.
Misael destaca que Cuiabá representa hoje apenas 24% dos casos confirmados dos diagnósticos da doença em Mato Grosso e relembra que no início da pandemia, a Capital representava cerca de 64% dos casos.
“O que adianta fechar o comércio e implantar o lockdown (isolamento total) se as pessoas não estão fazendo o dever de casa? Não pode simplesmente jogar esse peso nas costas do empresário, do comerciante e do trabalhador. Temos dificuldade com UTI, com a saúde, mas isso não é porque o comércio abriu”, disse ele em coletiva virtual à imprensa.
O presidente da Câmara, que também é comerciante no Shopping Popular, criticou a falta de diálogo com pequenos e médios comerciantes. “Os pequenos e médios comerciantes precisam ser consultados, é preciso antes de tudo haver um diálogo com todas as categorias. Nesse momento é preciso ter união dos Poderes, de todos os segmentos, seja privado, público, da justiça, ouvir servidor, precisa ouvir CDL, o comércio em geral, precisa ouvir mais segmentos da saúde, por exemplo, antes de determinar o fechamento de tudo”, ressalta.
O prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB), já soma duas derrotas na justiça contra a decisão do juiz José Luiz Leite Lindote, da 1º Vara de Fazenda Pública, responsável por determinar a quarentena obrigatória. A primeira foi decisão do desembargador do Rui Ramos e a segunda foi assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça, Carlos Alberto Alves da Rocha.
“Tenho falado com nossa equipe jurídica, CDL, Fecomércio, associação dos shoppings centers e até mesmo com o prefeito, que nosso respaldo para o prefeito fazer todos os recursos necessários para reverter essa decisão. Temos que intensificar sim a conscientização da população e na fiscalização por parte da prefeitura, mas somos totalmente contra suspender as atividades comerciais”.
O parlamentar ainda fez um apelo à população quanto às medidas de enfrentamento da Covid-19. “As pessoas parece que estão de férias, se comportamento como se fosse um feriado prolongado. Não é nada disso, estamos em uma pandemia. Será que as pessoas entendem as medidas de prevenção? Será que elas estão evitando aglomeração, mantendo o distanciamento social, fazendo uso de medidas protetivas como higienização das mãos, uso de máscaras?”, questiona.
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