A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), requereu junto à Câmara Municipal que o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) apague uma publicação em seu perfil do Instagram em que, segundo a parlamentar, o bolsonarista induz os seguidores a acreditarem que ela defende estupradores. De acordo com Maysa, o recorte do podcast divulgado incita o ódio e tem gerado ameaças físicas e psicológicas contra ela, sua mãe e filha, que estão lotando sua caixa de mensagens nas redes sociais, afirmando que elas "merecem ser estupradas para aprender".
"Ele corta um trecho de uma entrevista e induz as pessoas a acreditarem que sou uma defensora de estrupador. Nesta publicação onde corta a fala e deixa uma informação equivocada da minha conduta política e como mulher, que faço parte da reda de comabte à violência, ele ainda deseja que eu seja estrupada, que desejem que minha filha seja estrupada, que a minha mãe seja estrupada. Tudo isso está na rede social do deputado Cattani", falou Maysa Leão na sessão ordinária desta terça-feira (29).
A rusga entre os parlamentares foi protagonizada em um podcast após Cattani mencionar projeto de lei do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que indica a castração química a condenados por estupro. O deputado se posiciona contra e defende a castração tradicional, retirando o membro sexual do infrator. Maysa diz que esse ato é um retrocesso que remonta aos tempos mediveiais. Cattani recorta, então, esse trecho da discussão gerando uma onda de visualizações e comentários.
"Ocorre que o recorte supracitado, da forma como foi editado, tem estimulado seu público e eleitores a me enquadrarem como
defensora de estuprador, e, como sabemos, apesar de discordarmos sobre o método em questão, em nenhum momento do debate – que durou 1h25 – disse não concordar com punição a estuprador ou tampouco cheguei a defender o ato e os agressores", justifica a vereadora no ofício nº 018, direcionado ao correligionário de Cattani, protocolado ao presidente da Câmara, Chico 2000 (PL).
No documento, Maysa aponta que o vídeo está incitando o ódio e gerando diversas ameaças contra ela e sua família, enquandrando a publicação em difamação e incitação à prática de crime.
"Fiz o pedido que ele apagassem a postagem, ele não apagou. Apagasse os comentários, ele não apagou. Então, estou enviando o ofício. Se ele não responder o ofício, vai responder o boletim de ocorrência, e quero ver qual será a atuação da Assembleia Legislativa", asseverou Maysa Leão.
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