A deputada estadual Janaina Riva (MDB) disse que a concessionária Rumo tem fama por "não cumprir o prometido". A parlamentar mencionou discurso do sogro, o senador Wellington Fagundes (PL), que rechaçava a empresa. Janaina criticou que a concessionária por empenhar esforços para "varrer" bairros em Rondonópolis (212 km de Cuiabá). Conforme resolução da Assembleia Legislativa (ALMT), a Rumo ficaria 30 km de distância do perímetro urbano do município.
"Nós aprovamos na Assembleia a primeira concessão estadual do país. Até a aprovação dessa concessão os representantes da Rumo não saíam da Assembleia Legislativa. Eles estavam aqui a todo momento tentando conquistar os deputados e agora querem se comportar como se a concessão fosse federal. Como os deputados das suas regiões não irão participar das decisões?", questionou Janaina Riva.
O apontamento da deputada foi feito na sessão ordinária desta quarta-feira (6) quando eram discutidos os vetos Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 41/2021 que exige que o Paiaguás consulte a Assembleia Legislativa (ALMT) antes de desapropriar terras e viabilizar a passagem do sistema ferroviário de Mato Grosso. Todos foram derrubados no plenário. Riva enxerga o comportamento da empresa como uma traição a confiança dos deputados que abriram as portas dos seus gabinetes para atender aos pedidos da concessionária.
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"A Rumo já tem a fama de não cumprir aquilo que combina, quero deixar registrado que não é a primeira vez. Eu já ouvi isso do senador Wellington Fagundes em um pronunciamento no Senado Federal e agora mais uma vez quer sobrepor à Assembleia. Nas nossas regiões a Rumo vai passar conforme a sociedade deseja e a sociedade sendo respeitada. Eles podem ter todo dinheiro do mundo, mas não vão comprar nossa honra. e é isso que a Rumo quer fazer. Quer tomar decisão sem ouvir a Assembleia", falou a parlamentar.
OBRAS ATRASADAS
O secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT), Marcelo de Oliveira, falou sobre o vísivel atraso das obras da Rumo no “Fórum de Debates - Ferrovias em Foco”, realizado em São Paulo, em junho deste ano. De acordo com o gestor, o trecho até Lucas do Rio Verde (331 km de Cuiabá) só deve ficar pronto em 2023.
“A rumo está lá e é parceria. Precisamos desse primeiro trecho o mais rápido possível. A tendência é de 5 anos, mas acho que não vai dar certo, pois já tem um ano de atraso. Mas, acredito que em 2030, a gente chega a Lucas do Rio Verde, e para cada quilômetro que a gente asfalta, para cada ligação de município que a gente faz é impressionante a produção de grãos”, disse Marcelo de Oliveira à época.
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