O vice-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), Carlos Hayashida, acredita que a unificação das eleições estaduais e municipais é prejudicial. Segundo ele, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) discutida no Senado pode confundir o eleitor, além de implicar em perdas aos candidatos às proporcionais, que ficariam escanteados nas campanhas, uma vez que as majoritárias seriam priorizadas no jogo político. O advogado sugere que haja uma divisão entre eleições ao Executivo (presidente, governadores e prefeitos) e ao Legislativo (senadores, deputados federais e estaduais, e vereadores).
Hayashida ilustrou a análise com o resultado das eleições 2022, ressaltando que o Partido dos Trabalhadores se empenhou para eleger Lula à presidência, porém, o êxito da sigla não foi repetido nas candidaturas à Câmara dos Deputados. Atualmente, o PT representa a minoria na Casa de Leis.
"Ninguém vai parar para ouvir o vereador discutindo suas pautas enquanto, está se debatendo uma candidatura presidencial", falou Hayashida.
"São algumas diferenças que a população não acompanha o processo eleitoral em questão de ideologias nas pautas sendo votadas, mas sendo puxadas pelas eleições majoritárias. As proporcionais acabam sendo arrastadas no meu entendimento. Uma forma de separar, evitaria isso e até demonstraria a importância do voto das proporcionais. Unificando, pra mim, é totalmente, prejudicial para a democracia brasileira", observou Carlos Hayashida em entrevista ao HNT TV.
"Ninguém vai parar para ouvir o vereador discutindo suas pautas enquanto, ao mesmo tempo, no mesmo período está se debatendo uma candidatura presidencial", completou o advogado.
Hayashida antecipou ao podcast que a OAB-MT criou um grupo de trabalho para debater a PEC que está no Senado. Foi nesse espaço que parte dos juristas formaram consenso pela divisão entre as eleições ao Executivo e Legislativo. "Acho que essa questão que poderia ser analisada. Agora você unificar tudo, até pelos atores, acaba sendo um pouco incomumente. O Brasil elegeu o presidente Lula em contrapartida, no Congresso, ele não tem a maioria", reforçou o advogado.
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