O ator cuiabano, intérprete da personagem Almerinda, André D'Lucca, disse com exclusividade ao HNT TV Entrevista que articula a criação do partido PRETO, o Partido da Resistência e Empoderamento de Trabalhadores e Operários. Segundo ele, a legenda surge como uma alternativa ao espaço deixado pelo PT que "não está mais na esquerda" e dialoga com os eleitores da centro-direita.
"Em 2026 talvez não dê tempo, mas 2028, se Deus permitir, estaremos com tudo. Vamos lançar chapas nos estados em que estamos organizados. Mato Grosso com certeza está incluído", afirmou André D'Lucca ao podcast.
A proposta é fundar um partido nacional liderado por pessoas negras. Uma das pautas que serão defendidas é a luta contra o racismo estrutural e religioso. A ideia nasceu após o prefeito de Ararendá (CE), Aristeu Eduardo (PT-CE), ser denunciado por crime contra o sentimento religioso.
O PT não dá mais conta da demanda do povo preto
O prefeito ridicularizou opositores praticantes de religiões de matriz africana. Em tom de alerta, Aristeu falou que "haviam pessoas que se passavam por bons de manhã e, à noite, batiam tambor nos terreiros de macumba".
Para André D'Lucca, a falta de manifestação foi uma demonstração da mudança de posicionamento do partido. "Isso incentiva pessoas a invadir terreiro, a agredir quem usa guia, a cometer crimes. Esperei o PT se manifestar, mas se calaram. Então eu entendi: o PT não dá mais conta da demanda do povo preto", disparou o ator.
Reprodução/HNT TV

O ator cuiabano, André D'Lucca, revelou ao HNT TV Entrevista que tem feito reuniões com lideranças pretas Brasil afora para fundar partido que promete ser a "versão preta do PT".
COLETA DE ASSINATURAS
A criação de um novo partido depende da autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O trâmite é longo e demora cerca de três anos. Portanto, viabilizar candidatos para as eleições 2026 é um passo improvável. Mas D’Lucca sonha com a possibilidade do PRETO lançar nomes às urnas a partir de 2028.
Vai ser uma versão preta do PT
"Já mobilizei as lideranças, todo mundo está topando. O PT já nem mais de esquerda é, o PT está indo para a centro-direita", falou o ator.
André afirmou que tem o apoio de lideranças em nove estados, incluindo Mato Grosso, e que busca agora reunir as 500 mil assinaturas necessárias para obter o registro. "Vamos conseguir meio milhão de assinaturas. Vai ser uma versão preta do PT para gente lutar pelas nossas pautas", disse.
FINANCIAMENTO COLETIVO
A gente não aceita mais ser ignorado
Segundo o artista, o custo inicial para registro e documentação do novo partido gira em torno de R$ 20 mil, valor que deve ser arrecadado por meio de vaquinhas e ações coletivas.
“Eu estou empolgado. Está na hora da gente chegar com os dois pés nos peitos das pessoas. Nossa pauta é essa e a gente não aceita mais ser ignorado", concluiu.
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