Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (8), o governador Mauro Mendes (União) comparou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) a um ladrão de banco após ser questionado sobre sua opinião sobre a recondução do político ao cargo. O ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho (PRD), também falou sobre o caso e lamentou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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Aos jornalistas, Mendes relembrou o caso das lampadas alugadas pela Prefeitura de Cuiabá, parabenizou o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE) pela suspensão da licitação e comparou Emanuel Pinheiro a um ladrão de banco, ao falar sobre o caso.
“Fui tomar conhecimento agora, essa semana, de uma licitação que o prefeito [Emanuel Pinheiro] estava fazendo para comprar, gastar 92 milhões de reais alugando lâmpada de LED, quando está lá no depósito da Arena Pantanal mais de 60 mil lâmpadas de graça à disposição dessa prefeitura. Isso, a meu ver, é uma tentativa de desviar, de roubar dinheiro público. Isso não pode ficar de graça. Parabéns ao Tribunal de Contas que suspendeu. Mas aqui é aquela: se um bandido vai tentar assaltar um banco e está lá no meio do assalto ao banco, aí chega a polícia e para o assalto. Esse bandido cometeu crime ou não por tentar assaltar um banco? Todos nós sabemos que é crime. Então, um agente público que tenta roubar dinheiro público, isso é crime ou não? Fica a pergunta no ar”, comparou Mendes.
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Sobre a recondução de Emanuel à prefeitura após três dias afastados, o governador afirmou não ter conhecimento do processo, mas criticou a gestão do rival que, segundo ele, é “catastrófica”.
“Não conheço os elementos que nem levaram ao afastamento e muito menos os que levaram à suspensão. Eu conheço um pouco a dura realidade que Cuiabá está submetida nos últimos anos com essa gestão, que é catastrófica. Acho que todos viram e todos veem no dia a dia os sinais claros e evidentes de uma gestão que não consegue honrar com os compromissos”, afirmou o governador.
Mauro Carvalho também lamentou a decisão do STJ que reconduziu Emanuel ao cargo e destacou a competência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para julgar o caso do prefeito.
“Bom, primeiro que eu acho lamentável essa decisão do STJ. Eu confio e acredito muito no nosso Tribunal de Justiça. Eu acho que a decisão do Tribunal de Justiça foi a mais correta, porque nós temos que fazer essa avaliação não só dessa decisão, nós temos que fazer a avaliação da gestão de Cuiabá. Quantas operações policiais nós tivemos no município de Cuiabá, da Polícia Civil, da Polícia Federal? É uma avaliação muito maior do que essa decisão. A cidade está abandonada, a Saúde com muitos problemas, a Educação com muitos problemas, buracos na cidade toda, ou seja, quem sofre é a população cuiabana. Então, eu fico muito triste de ter acontecido isso”, disse o senador.
Na avaliação do ex-chefe da Casa Civil, o vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), faria diferente de Emanuel e relembrou o caso das lâmpadas para elogiar o prefeito interino, assim como Mendes.
“Acredito que o Stopa faria diferente e já demonstrou nesses poucos dias que na prefeitura faria diferente, cancelando inclusive essa licitação vergonhosa das luminárias, já visto que as luminárias de LED estão a mais de um ano na garagem da Arena Pantanal e a prefeitura nunca quis retirar essas luminárias de lá e faz um contrato, uma licitação de um aluguel de 90 milhões de reais. Isso é um absurdo”, finalizou.
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