A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), admitiu que foi procurada por representates da Comissão de Ética para notificá-la sobre a apresentação da sua defesa e não assinou o documento. A parlamentar também afirmou que foram até o escritório do seu advogado, Julier Sebastião da Silva, mas não o encontraram. Edna justificou que apenas Julier está autorizado nos autos a ratificar a notificação.
"Não é que não quis assinar a notificação. Nosso advogado foi habilitado nos autos como único que pode receber a notificação", disse Edna Sampaio à imprensa nesta segunda-feira (9), no Palácio Paiaguás.
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Segundo a vereadora, o oficial de Justiça chegou a insistir com outra advogada que trabalha com Julier para receber a notificação, mas ela teria ignorado o pedido por não estar autorizada. A petista ainda falou que foi feita apenas uma tentativa. Segundo ela, o fato de não voltarem ao escritório do defensor seria uma forma de "ganhar tempo".
"Foi apenas um dia de busca que a comissão fez e considerou isso resolvido sem notificar a defesa. Não encontraram o Julier e queriam obrigar uma pessoa que trabalha no escrtirório do Julier a receber a notificação, faltando inclusive em ata da reunião da Comissão de Ética. A outra adovgada não está habilitada, quem está habilitado é o Julier. Portanto, não tenho que me submter a um rito ilegal e atropelado para caçar o meu mandato. Quem tem que cuidar do prazo e se responsabilizar é o presidente da Comissão de Ética", declarou Edna Sampaio.
Com o fim do prazo de manifestação da defesa, a Comissão de Ética finalizou o relatório do processo contra a parlamentar, decidindo pela cassação do mandato da petista. O parecer foi remetido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprovou o texto em audiência nesta segunda-feira. Em seguida, o presidente da Casa de Leis, Chico 2000 (PL), convocou sessão extraordinária para quarta-feira, para votar o afastamento definitivo de Edna do parlamento pelo uso indevido da verba indenizatória da chefe de gabinete. A vereadora sustenta ser inocente.
"Não é que alego inocência, sou inocente e estou sendo perseguida. Vou apresentar minha defesa em um processo legal. Agora, em um processo ilegal, de perseguição, que não notifica a defesa e não encaminha documento para a defesa se apresentar, eu não vou me apresentar. Então, antes de mais nada um processo tem que obedecer o processo legal", apontou a petista.
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