O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (UB) segue com destino incerto no União Brasil e aguarda resolução do governador Mauro Mendes (UB). O parlamentar editou uma carta pedindo liberação a Mendes para se filiar no PRD. Mauro tenta reverter a crise e evitar a saída do líder do governo na Assembleia Legislativa (ALMT). Dal Bosco esperava ser recebido no Palácio Paiaguás por Mendes e o secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (UB), nesta sexta-feira (24), mas a assessoria não confirmou a conversa e disse que o deputado enviou mensagem afirmando que a situação ainda não foi resolvida.
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Dal Bosco está "incomunicável", evitando falar sobre o choque com Mauro Mendes para não flagelar ainda mais o caso. A última declaração pública do deputado foi na terça, quando sinalizou o interesse de fazer parte do fortalecimento das bases do PRD, criado a partir da junção do PTB e Patriotas. Dilmar foi convidado para ser o presidente estadual do partido. Ele se filiaria para fazer o "partido crescer" e "demonstrar seu trabalho".
Nos bastidores do UB, Dilmar é reconhecido por sua capacidade de articulação entre os pares. Ex-Democratas, o político ajudou na organização do União Brasil em Mato Grosso, quando o partido oficializou a fusão com o PSL, antiga sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado assumiu a secretaria geral e passou a cuidar das comissões provisórias, sendo uma ponte entre os filiados mais antigos e os recém-chegados.
Sua relação com a agremiação se fragilizou quando o senador Jayme Campos (UB) deu ordem para que a senha do diretório de Várzea Grande, utilizada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) para formalizar as comissões, não fosse repassada ao parlamentar. Dal Bosco se enfureceu e renunciou o cargo por falta de autonomia.
Panos quentes foram colocados sobre o episódio. Mauro Mendes tentou não se aprofundar, agindo por trás das cortinas para contornar a rusga entre os correligionários. Para o deputado, não a outro remédio a não ser esperar pelo que está para acontecer.
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