A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) justificou que queimou maquinários na fazenda Curuá Madeireiras do Amazonas, em Marcelândia (642 km de Cuiabá), em decorrência da dificuldade para remover os equipamentos utilizados em desmatamentos ilegais. A ação, realizada na quinta-feira (3), gerou revolta entre as deputadas federal Flavinha (MDB) e estadual Janaina Riva (MDB). Flavinha chegou a divulgar nota de repúdio ao ato da Sema.
As deputada federal demonstrou consternação pela destruição dos equipamentos ter ocorrido “de forma unilateral, sem qualquer decisão judicial para atos tão absurdos”. Além disso, Janaina disse que após o trânsito julgado dos processos, as máquinas poderiam ganham nova utilidade sendo destinadas às prefeituras.
“É urgente repensarmos a legislação que autoriza essa arbitrariedade e garantirmos um processo justo para todos os produtores que enfrentam lentidão e burocracia para trabalhar na legalidade”, cobrou Riva.
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De acordo com a Sema, essa foi a 6ª fiscalização na propriedade de 11 mil hectares. Somente em 2019, a fazenda foi autuada duas vezes, sendo uma por exploração de madeira em toras com aplicação de multa de R$ 60 mil e apreensão de 2 tratores, 1 caminhão e 4 motosserrras; e outra por exploração de floresta nativa em área de reserva legal com aplicação de multa de R$ 3,4 milhões e embargo 687 hectares.
Os autos de infração foram repetidos em 2021 e outras duas vezes em 2022. A última multa foi a mais pesada, exigindo o pagamento de R$ 26 milhões mais o embargo de 5.340 mil hectares e a apreensão de um trator e uma motosserra, além da destruição de um trator que estava com defeito.
NOTA DA SEMA-MT
"Sobre a fiscalização da Sema na fazenda Curuá Madeireiras do Amazonas Ltda, de 11 mil hectares, no município de Marcelândia, a Secretaria de Meio Ambiente esclarece que trata-se de propriedade que de forma reiterada tem cometido crimes ambientais.
Esta foi a 6ª fiscalização realizada no local por causa de desmatamento ilegal:
• 2019 – Auto de infração por exploração de madeira em toras com aplicação de multa de R$ 60 mil e apreensão de maquinários (2 tratores, 1 caminhão e 4 motosserrras)
• 2019 – Auto de infração por exploração de floresta nativa em área de reserva legal com aplicação de multa de R$ 3,4 milhões e embargo 687 hectares;
• 2021 – Auto de infração por desmatamento ilegal com multa de R$ 1,4 milhão e embargo de 290 hectares;
• 2022 – Auto de infração por desmatamento ilegal com aplicação de multa de R$ 2,7 milhões e área embargada de 558 hectares".
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