O presidente da Assembleia Legislativa (AL), Romoaldo Júnior (PMDB), que determinou o corte de salário dos 12 parlamentares faltosos na sessão deliberativa da última quarta-feira (11), irá adotar a medida até o final de 2014.
Segundo o peemedebista, que alegou ter “perdido a paciência”, a necessidade do corte do salário proporcional de metade dos 24 parlamentares se deve à falta de quórum para votação dos Projetos de Lei e vetos do Governo.
Até agora, cada deputado terá descontado da folha aproximadamente R$ 1,2 mil, valor que os parlamentares ganham por sessão, o que totaliza R$ 20 mil por mês.
“Vou adotar isso aí até eles comparecerem. Não faz sentido deputado estar na Assembleia e não comparecer em Plenário. Tinha deputado que estava na copa, no corredor, nos gabinetes. Nós estamos precisando votar, estamos quase na semana do recesso”.
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Romoaldo tomou a atitude após o ex-presidente do Parlamento, deputado José Riva (PSD), durante a sessão, cobrar a presença dos colegas e apontar impossibilidade de votar matérias. Romoaldo, então, alegou que a obrigação dos parlamentares é honrar os compromissos.
“Se está insatisfeito com o Governo, que entre e vote contra, mas venha para o Plenário porque a obrigação crucial do deputado é estar no Parlamento na ordem do dia, ele foi eleito pra isso”.
CRÍTICAS
Após o ocorrido, a deputada Luciane Bezerra (PSB) criticou a medida alegando que o presidente deveria agir de maneira igualitária. “Tem que começar cortando o ponto da base do governo que não comparece, inclusive do presidente da Casa, que ficou uma semana sem comparecer em sessão, na região dele em audiência”, disse a socialista.
Romoaldo rebateu o pronunciamento alegando que o corte do ponto vale para todos. “Até do Líder do Governo, se for o caso. Eu faltei semana passada, mas estava a trabalho. Fui na minha região, Alta Floresta, discutir a hidrelétrica que vai ser licitada agora”, justificou.
Ainda assim, ele garantiu que não quis justificar e que terá as ausências descontadas do salário, assim como os demais.
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