O ex-senador Cidinho Santos (União Brasil), uma das principais lideranças políticas de Mato Grosso, sinalizou a abertura ao diálogo com o atual senador Wellington Fagundes (PL) para a formação de uma chapa majoritária em 2026. A declaração foi feita em uma entrevista durante o primeiro evento do União Brasil (federação entre União Brasil e PP), realizado nesta quinta-feira (21) em Cuiabá.
Cidinho esclareceu que, apesar da proximidade pessoal dele e do próprio governador Mauro Mendes com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), a decisão sobre o futuro candidato será discutida dentro da federação.
"O governador Mauro Mendes tem a preferência dele, já declarou isso publicamente ao (vice) governador Otaviano Pivetta, eu também pessoalmente, mas agora, dentro da federação, tem que ser discutido com os demais", afirmou.
A fala do articulador político reforça a possibilidade de uma aliança com Wellington Fagundes, que se mostrou disposto a "redesenhar" o cenário para 2026. "Sim, (a porta) está aberta. O senador Wellington esteve conosco em 2022, e o PL também, então possivelmente nós vamos conversar muito. Tentar estarmos juntos em 2026", disse o ex-senador.
Dentro do União Brasil, a disputa pela cabeça de chapa não se limita a um possível nome do PL. O grupo também precisa decidir o futuro do senador Jayme Campos (União Brasil). O decano já manifestou a vontade de ser o candidato ao governo e rechaça dar prioridade a um nome de outra legenda.
A favor de Wellington, pesa o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), principal nome da direita brasileira. Contudo, o senador enfrenta resistência de parte da própria base bolsonarista. A oposição o acusa de ser uma 'melancia' (verde por fora, vermelho por dentro), devido a ligações com governos petistas no passado – embora essa atuação estivesse alinhada às decisões do próprio PL.
Questionado sobre pesquisas recentes que apontam um empate técnico entre Fagundes e Pivetta, Cidinho minimizou o peso dos números, afirmando ser muito cedo para previsões.
"A pesquisa está muito longe ainda. Em um ano, a gente vai ter um cenário mais definido", ressaltou, citando o exemplo de Tarcísio de Freitas em São Paulo, que emergiu como candidato forte poucos meses antes da eleição.
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