O governador Mauro Mendes (UB) reagiu com firmeza às críticas de Carlos Bolsonaro (PL), afirmando que o vereador "fala pela boca o que devia sair por outro lugar". A declaração veio após Carlos chamar os governadores de direita de “ratos”, comentário que também foi endossado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Ambos acusaram os gestores de tentarem herdar o espólio político do pai. Mendes e um grupo de governadores de direita têm se reunido para unificar forças e fortalecer um nome de centro-direita para a corrida eleitoral de 2026, enquanto Jair Bolsonaro permanece inelegível e sob diversas restrições judiciais.
"Ele deve estar se sentindo ferido, magoado. Está falando pela boca aquilo que deveria sair por outro lugar. É muito ruim esse tipo de ataque. Isso não ajuda na solução de nenhum problema. O destempero de algumas lideranças políticas, que se dizem lideranças, é muito ruim", disparou Mauro à imprensa nesta quinta-feira (21) durante ato de filiação da senadora Margareth Buzetti ao PP no 'QG' do União Brasil, em Cuiabá.
O governador fez um discurso contra a polarização política que, segundo ele, atrapalha na resolução dos problemas do país. "Com o perdão da palavra, estou de saco cheio dessa polarização. É uma discussão inútil que no final do dia não coloca comida na mesa, não melhora as estradas, não melhora a saúde. Tem virtude na esquerda, tem virtude na direita, tem virtude no centro e tem muita gente que não presta na direita, na esquerda e no centro. Nós temos que fazer umas discussões sobre os problemas do Brasil e as soluções que nós queremos", completou Mauro.
Embora tenha reagido energicamente contra os excessos dos filhos de Jair Bolsonaro, Mauro Mendes tem se mantido próximo ao ex-presidente, que já demonstrou a ele apoio em caso de uma eventual candidatura de Mauro ao Senado, cenário que já se desenha na política mato-grossense. O governador também se mantém alinhado às pautas prioritárias da direita, como a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e contra supostos abusos da Suprema Corte, tendo inclusive participado de atos pró-anistia ao lado do ex-presidente Bolsonaro.
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