Após cobrança de vereadores aliados e da oposição, o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Lima (PSD), concordou em cortar 5 das 10 secretarias do Legislativo. Também avalia demitir dezenas de servidores, além das 102 demissões já anunciadas.
O corte das secretarias já foi acordado com a oposição na quinta-feira (24) e abrangerá as secretarias de Comunicação, Cultura, Tecnologia da Informação, Auditoria e Planejamento. Serão mantidas apenas as pastas de Controle Interno, Secretaria Geral, Finanças, Apoio Legislativo e Recursos Humanos. A ideia é manter a medida até o fim de janeiro, quando o assunto será reavaliado.
O acordo levou a oposição, que conta com 17 dos 25 votos da Casa, a suspender apresentação de novo pedido de afastamento de João Emanuel, acusado de desrespeitar regras regimentais e não dividir a administração financeira e política.
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As demissões podem atingir percentuais como 80% a 90% e se estender até o fim de janeiro para viabilizar a administração da Câmara, que amarga dívidas com aumento de gabinetes, verba indenizatória dos parlamentares e salário nesse ano sem elevação de orçamento.
João Emanuel já havia demitido 102 servidores nos últimos meses, mas cerca de 70 voltaram aos cargos.
Apesar das dificuldades financeiras, a Câmara briga na Justiça ainda para voltar a aumentar de R$ 18,9 mil para R$ 25 mil o valor da verba indenizatória que cada um tem direito para exercício da atividade parlamentar. Eles também não querem mexer nos R$ 25 mil que têm para contratar assessores nos gabinetes sem concurso público.
ARMISTÍCIO
Além dos cortes, para declarar paz com a oposição o presidente também ofereceu aos adversários a indicação de 2 pastas remanescentes (Controle Interno e Secretaria-Geral). Para a primeira, deve ser nomeado o ex-vereador e servidor efetivo Eronides Nona. Para a segunda, ainda não foi definido ninguém após a queda de Aparecidos Alves, que contava com forte rejeição dos parlamentares.
Com o armistício, os vereadores deixaram de aprovar novo pedido de afastamento de João Emanuel, o que chegou a ser votado em 29 de agosto, mas virou um impasse jurídico.
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