O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União Brasil), acredita que a denúncia da vereadora Maysa Leão (Republicanos) por difamação e incitação à prática de crime, protocolada na Procuradoria da Mulher contra o deputado Gilberto Cattani (PL), pode incidir no julgamento dos parlamentares durante a votação do parecer da Comissão de Ética. Segundo Botelho, o corregedor Max Russi (PSB) poderá ler a resolução do grupo de trabalho sobre o caso da comparação entre mulheres e vacas nesta quarta-feira (6), quando a situação com a vereadora pode vir a pesar.
LEIA MAIS: Cattani tenta virar o jogo contra Maysa e pede cassação do mandato da vereadora
"Eu acredito que sim. Cada um vai analisar, vamos ver o que os deputados pensam. É possível que eles analisem. Não tenho conhecimento do teor de tudo. Os deputados vão levar em consideração tudo o que está chegando aqui", declarou Eduardo Botelho nesta segunda-feira, após receber requerimento assinado por Maysa e outros 15 vereadores pedindo providências da AL diante da situação.
O chefe do Legislativo pontuou que seu poder é vedado para definir punições, porém, avaliou que Cattani agiu de forma equivocada e errou ao protagonizar nova polêmica. "Acho que a forma que ele colocou foi errada. E eu, analisando, acho que ele errou sim", disse Botelho.
O pedido de Maysa por providências assinado por outros 15 vereadores foi entregue diretamente ao presidente da AL, que garantiu o encaminhamento à Comissão de Ética. O deputado ainda cogitou a possibilidade de a polícia ser acionada para endossar a investigação.
LEIA MAIS: Polícia Federal investigará denúncia de Maysa Leão contra Gilberto Cattani
"Vou encaminhar para a Comissão de Ética para que eles façam uma análise detalhada e encaminhem para mim um relato de tudo. Que eles designem alguém para verificar tudo, façam um relatório e, se for o caso, requisitar alguém da própria polícia para fazer um relatório e encaminhar para a presidência, para ver quais medidas tomaremos", falou o parlamentar.
ENTENDA O CASO
O mal-estar com o deputado começou após Cattani recortar trecho de 90 segundos sobre castração química de um podcast com cerca de uma hora. Maysa pediu para que o bolsonarista apagasse a publicação após começar a receber ameaças em suas redes sociais. O deputado ignorou a solicitação, desencadeando um embate jurídico.
Maysa registrou boletim de ocorrência por violência política de gênero, que será analisado pela Polícia Federal, e protocolou queixa no Ministério Público por calúnia e incitação de prática ao crime. Por sua vez, o bolsonarista processa Maysa por difamação, requer o pagamento de R$ 50 mil por danos morais e solicitou sua cassação na Câmara Municipal.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.