A aliança entre o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já é considerada certa por lideranças da direita no estado. Segundo fontes do alto escalão do PL em Mato Grosso, o apoio à candidatura de Pivetta ao Palácio Paiaguás, nas eleições de 2026, será anunciado pelo presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, no momento que considerar mais oportuno.
Nesta terça-feira (21), Valdemar Costa Neto e o presidente estadual do PL, Ananias Filho, passaram o dia reunidos, tratando dos cenários para 2026. Apesar do clima favorável ao apoio de Pivetta, mesmo os apoiadores da ideia não demonstram pressa. Por sua vez, interlocutores próximos ao senador Wellington Fagundes, até então pré-cadidato ao governo pelo PL, também defendem que o partido aguarde para oficializar qualquer decisão.
Nos bastidores, o entendimento é de que a unificação da direita mato-grossense é uma estratégia necessária para consolidar forças e evitar rachas entre as principais lideranças conservadoras. Atualmente, o campo da direita está dividido entre os grupos de Pivetta e do senador Wellington Fagundes (PL), que tem forte influência histórica na bancada federal do partido.
Apesar da sinalização favorável, lideranças ligadas a Wellington Fagundes atuam para adiar o anúncio oficial de apoio a Pivetta. A avaliação é de que uma decisão formal, a quase um ano da eleição, poderia comprometer o poder de negociação do grupo e “entregar” a "grife 22" – o número do PL – de forma prematura.
Fonte ouvida pelo HNT afirma que a filiação de Pivetta ao PL é cogitada para a janela partidária de março de 2026, o que tornaria viável sua candidatura pela sigla.
MAJORITÁRIA
A configuração mais provável da chapa majoritária da direita incluiria: Otaviano Pivetta (Republicanos ou PL) como candidato ao governo; José Medeiros (PL) e Mauro Mendes (União Brasil) como candidatos ao Senado. No entanto, a movimentação ainda está longe de um consenso.
A possível tentativa de Wellington de incluir a deputada estadual Janaina Riva (MDB), sua nora, como candidata ao Senado na chapa majoritária, tem gerado incômodos dentro do partido e é apontada como um dos fatores que pode ter contribuído para o enfraquecimento da pré-candidatura de Wellington.
Com apoio declarado do governador Mauro Mendes (União), Pivetta tem buscado se consolidar como nome de centro-direita, capaz de dialogar com diferentes alas do espectro conservador. Nos bastidores, Mendes chegou a contrariar parte de sua legenda ao recusar apoio ao nome do senador Jayme Campos (União) para o governo.
A aproximação de Pivetta com o bolsonarismo se intensificou neste mês de outubro, quando o vice-governador participou, em Brasília, de uma manifestação pela aprovação da anistia aos presos do 8 de janeiro. O convite, segundo apuração do HNT, partiu da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que garantiu espaço para o vice-governador no evento.
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