Na semana em que o Restaurante Popular de Cuiabá sofreu ameaça de fechamento, o prefeito Abilio Brunini (PL) da 'Capital do Agro' foi criticado por analistas políticos de veículos nacionais ao ventilar o segundo decreto de calamidade financeira, enquanto continua se recusando a receber verbas do presidente Lula (PT).
As dificuldades para custear o Restaurante Popular é apenas um exemplo pois os problemas de Abilio se estendem a outras Pastas, como a da Secretaria de Saúde, em que o prefeito trava uma queda de braço com os enfermeiros para não pagar a insalubridade.
O cientista político, João Cezar Castro Rocha, lembrou que enquanto deputado federal Abilio agia com "terrorismo legislativo", se envolvendo em polêmicas recorrentes para estampar capas de jornais e obter likes no Instagram. Segundo ele, agora, como prefeito, ele mantém a estratégia, usando o cenário financeiro para cortar ações de assistencialismo, prática condenada pela extrema-direita.
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"Não sejamos ingênuos. Isso também é parte da estratégia do Abilio Brunini, retirar do Estado suas funcções sociais. É neoliberalismo predrador, o prefeito das big techs, um lacrador incontinente", disse João Cezar.
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FALÊNCIA FINANCEIRA É ATO POLÍTICO
O ex-deputado federal de Mato Grosso do Sul, Fábio Trad (PSD-MS), observou que ao se negar a discutir com Lula recursos essenciais para retirar a gestão do vermelho, apoiado na cartilha da extrema-direita, Abilio presta um desserviço a Cuiabá. "Ele ideologizou a governança, radicalizando pautas de costume que interditam o diálogo e nega a própria política. A cidade pede socorro ao governo federal", disparou Trad.
Para a advogada trabalhista e podcaster, Camily Ribeiro, os descretos de calamidade de Abilio são um ato político para minar a reputação do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Camily destacou que as contas de Emanuel foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) e que a gestão recebeu selo ouro por transparência. A advogada acredita que Abilio invista no discurso de falência financeira para relaxar contratações e terceirizar setores.
"Isso é história pra boi dormir, flexibilizar licitações, abrir crédito extraórdinária, recebendo um chefe em branco. A verdade é que Emanuel deixou contas aprovadas e projetos em andamento, se a cidade quebrou foi entre a planilha e o discurso", provocou Camily. "O Abilio só tá querendo cortar da Saúde, Educação e terceirizar. Ele não está nem aí se a população vai padecer", emendou a advogada.
CEDENDO À PRESSÃO
O jornalista Rodrigo Vianna, do ICL Notícias, ressaltou a promessa de Abilio de que "não sentaria com a esquerda" ao destacar o fato dele ceder à pressão e admitir que recorreu à ajuda do governo federal. O prefeito foi pessoalmente ao Ministério da Saúde em Brasília pedir aporte à pasta em Cuiabá. O vídeo viralizou, contabilizando mais de 273 mil visualizações e 33,9 mil curtidas.
"Em 10 meses o bolsorista conseguiu colocar a gestão em uma grave crise e teve que recorrer a ajuda do presidente Lula", ironizou Rodrigo Vianna.
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