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Política Sábado, 18 de Outubro de 2025, 14:40 - A | A

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Sábado, 18 de Outubro de 2025, 14h:40 - A | A

“FALTA BOMBEIRO”

Analista diz que embate entre Chico e Dias expõe falta de políticos 'conciliadores' na Câmara

 Para ele, mais do que punir Chico, é necessário entender o contexto de radicalização e falta de mediação política que estimula confrontos e paralisia institucional

ALINE COÊLHO
DA REDAÇÃO

O episódio de confronto entre o veterano vereador Chico 2000 (PL) e o novato Tenente-Coronel Dias (Cidadania), na Câmara Municipal de Cuiabá, dificilmente levará à cassação do mandato do parlamentar mais experiente da Casa que chamou o desafeto de "bosta" e para as vias de fato, na última semana. Essa é a avaliação do analista político Vinicius de Carvalho, que aponta para uma crise maior por trás do embate: a falta de articulação política e lideranças conciliadoras dentro do Legislativo municipal. Além da tensão geracional entre políticos de carreira e os eleitos com a bandeira de "outsiders". 

“Cassação talvez seja um exagero, mas ele precisa responder. Uma advertência ou suspensão seria mais razoável”, afirma o analista. Para ele, mais do que punir Chico, é necessário entender o contexto de radicalização e falta de mediação política que estimula confrontos e paralisia institucional.

CONFLITO GERACIONAL E FALTA DE AUTORIDADE

Carvalho descreve que de um lado, Chico 2000, com seis mandatos consecutivos, é o símbolo do político tradicional e influente, que comanda bastidores da Câmara há duas décadas. Seu apelido surgiu ainda em sua primeira campanha, no ano 2000. Desde 2004, vem sendo reeleito a cada eleição, sendo hoje o vereador mais antigo em atividade.

Do outro lado, o Tenente-Coronel Dias, militar recém-chegado à política, representa a leva de “outsiders” impulsionados pelo bolsonarismo. É parte de um novo grupo de parlamentares que priorizam pautas polarizadas, mas têm pouca experiência em articulações institucionais.

Para Carvalho, o problema não é o embate em si, mas o ambiente político disfuncional, onde falta maturidade e sobram incentivos ao conflito. O analista resume com uma metáfora: “Há muitos incendiários e poucos bombeiros. Faltam figuras com autoridade, legitimidade e capital político para conter esse tipo de situação.”

Segundo ele, episódios como esse se tornam frequentes em um cenário onde o embate rende mais visibilidade que o diálogo — e onde o confronto ideológico vira troféu político.“É um troféu para um bolsonarista criticar um petista e vice-versa. Isso dá voto.”

O conflito também evidencia a fragilidade da articulação política interna, especialmente com a renovação de quadros, com desafios para coordenar grupos divergentes na Casa. “O problema não é ter conflito, isso faz parte da política. O problema é a falta de líderes capazes de construir consensos e direcionar os trabalhos.”

Sem articulação e com a Câmara dividida em segmentos isolados, prevalece a lógica de confronto e o ambiente político se torna cada vez mais inflamável.

Apesar da gravidade do episódio, o analista reforça que a cassação de Chico 2000 não deve ser o desfecho mais adequado. “Claro, sem eximir da responsabilidade. Ele precisa responder pelo que fez. Mas cassação é algo extremo. Uma advertência ou suspensão seria mais proporcional.”, defende. 

PEDIDO

No dia 9 de outubro o vereador Tenente Coronel Dias (Cidadania) ingressou com pedido de requerimento por quebra de decoro parlamentar contra Chico 2000 (PL). Caso o Conselho de Ética conclua pela quebra de decoro, Chico 2000 pode sofrer sanções.

LEIA MAIS:  Analista aponta causas para conflitos e baixarias nos parlamentos 

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