A Polícia Civil não descarta a participação de mais pessoas no esquema que culminou num desvio de quantias milionárias da Conta Única do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Na primeira fase da operação, 10 pessoas foram presas, sendo sete delas advogados. Um dos principais articuladores do esquema, servidor da Corte, está foragido. Por enquanto, magistrados não estão na mira das investigações.
Segundo o delegado Pablo Carneiro, responsável pelas investigações, a primeira fase das apurações será concluída em até 10 dias com a análise do material apreendido nesta quarta-feira (30). Depois disso, novas fases da operação devem ser deflagradas para dar continuidade ao trabalho investigativo.
"A partir de agora, nós iremos passar um pente-fino em todos os processos que esse servidor e outros servidores tiveram movimentação, nos últimos anos, para chegarmos no quantitativo final", explicou Carneiro, em coletiva de imprensa.
Outro aspecto que será analisado pelas autoridades é o modus operandi. O grupo praticou a fraude entre os anos de 2019 e 2022. Após esse período, a Polícia Civil não encontrou mais desvios. No entanto, isso não significa que o golpe tenha cessado e há a possibilidade de que os golpistas tenham mudado a forma de atuação.
Caso as autoridades comprovem mudança no modus operandi, outras pessoas poderão se tornar alvo de novas fases da ação policial.
O esquema continua a ser investigado pela Delegacia Especializada de Estelionato.
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